Apoiadores apostam em Trump para salvar presidente afastado na Coreia do Sul
Manifestantes acreditam que o presidente dos EUA pode influenciar o processo de impeachment de Yoon Suk Yeol
Internacional|Do R7

Depois da posse de Donald Trump, os apoiadores do presidente afastado da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol se juntaram em frente do Tribunal Constitucional em Seul nesta terça-feira (21), enquanto o líder, que enfrenta processo de impeachment, foi a uma audiência do julgamento pela primeira vez.
Os manifestantes contaram que estavam esperando que o presidente dos EUA apoiasse Yoon em seu caso em torno da tentativa de impor a lei marcial na Coreia do Sul.
“Os Estados Unidos são nossos principais aliados, então, neste momento difícil, acredito que o presidente Trump certamente nos apoiará. (Com este apoio), acho que o presidente Yoon deve continuar no poder”, disse Yoo Yong-ae, apoiador do presidente afastado à CNN.
Durante a audiência que aconteceu nesta terça-feira (21), o ex-presidente disse que sempre teve “um firme compromisso com a democracia livre”. A prisão de Yoon pode marcar o início de um longo período de custódia, que pode durar meses.
A decisão de prender Yoon desencadeou distúrbios no Tribunal Distrital Ocidental de Seul, onde dezenas de seus apoiadores destruíram a porta principal e as janelas do tribunal. Eles usaram cadeiras de plástico e escudos que conseguiram arrancar dos policiais. Alguns entraram em um corredor e foram vistos jogando objetos e usando extintores de incêndio.
Os advogados de Yoon vinham argumentando que não havia necessidade de detê-lo nesta etapa do processo já que ele não representaria uma ameaça de fuga ou de destruição de evidências. Já os investigadores dizem que o presidente afastado ignorou vários pedidos para depor e que o serviço de segurança presidencial impediu uma tentativa de detê-lo no último dia 3.
A crise começou quando Yoon, na tentativa de romper um impasse com o Parlamento, impôs a lei marcial e enviou tropas para a Assembleia Nacional, em 3 de dezembro. Horas depois, os congressistas conseguiram suspender a medida.
Em 14 de dezembro, a assembleia votou por seu impeachment, que está em julgamento na Corte Constitucional do país.