Após tarifa de Trump, União Europeia diz que pode adotar “contramedidas proporcionais”
Ursula von der Leyen classificou o tarifaço como prejudicial para ambos os lados do Atlântico
Internacional|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reagiu neste sábado (12) ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 30% sobre produtos exportados pela União Europeia. Segundo ela, o bloco continua disposto a negociar, mas está preparado para adotar “contramedidas proporcionais” caso o governo norte-americano mantenha a decisão.
Em publicação nas redes sociais, von der Leyen classificou o tarifaço como prejudicial para ambos os lados do Atlântico.
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“Essa medida afetaria empresas, consumidores e pacientes tanto na Europa quanto nos Estados Unidos”, escreveu. “Continuaremos trabalhando para chegar a um acordo até 1º de agosto.”
A 30% tariff on EU exports would hurt businesses, consumers and patients on both sides of the Atlantic.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) July 12, 2025
We will continue working towards an agreement by August 1.
At the same time, we are ready to safeguard EU interests on the basis of proportionate countermeasures.
Apesar de defender o diálogo, a presidente do bloco deixou claro que a União Europeia “protegerá seus interesses” se as negociações fracassarem.
Tarifa de 30% contra a União Europeia e México
A decisão de Trump foi anunciada na manhã deste sábado (12) e faz parte de uma nova ofensiva comercial do republicano contra parceiros estratégicos. As tarifas de 30% atingem exportações do México e da União Europeia, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto.
Segundo o governo dos EUA, a medida busca corrigir desequilíbrios comerciais históricos e garantir condições mais favoráveis à indústria norte-americana. A retórica tem sido marcada por apelos ao nacionalismo econômico e críticas a políticas comerciais “desleais” de países estrangeiros.
Brasil recebeu a maior tarifa
O tarifaço anunciado nesta semana já atinge 24 países ou blocos econômicos, e o Brasil foi o mais penalizado, com uma tarifa de 50% sobre suas exportações aos EUA. O governo brasileiro respondeu afirmando que defenderá sua soberania comercial e está aberto ao diálogo com os norte-americanos.
Além da União Europeia, México e Brasil, também foram alvo da medida países como Canadá, Japão, Coreia do Sul, Tailândia e África do Sul, com alíquotas variando entre 20% e 50%.
As tarifas unilaterais impostas por Trump precisam de acordo entre os países para serem revertidas antes do prazo final. Caso contrário, entram automaticamente em vigor no início de agosto. A União Europeia agora tenta uma solução diplomática para evitar um acirramento da disputa comercial.
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