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Arqueólogos descobrem cidade egípcia antiga perdida de 2.500 anos

Achados sugerem que o local era um centro urbano próspero no século IV a.C

Internacional|Do R7

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Equipe localizou artefatos que ajudam a reconstruir aspectos da vida espiritual da população
Equipe localizou artefatos que ajudam a reconstruir aspectos da vida espiritual da população Divulgação/Universidade de Manchester

Uma missão arqueológica conjunta entre Egito e Reino Unido localizou vestígios da antiga cidade de Imet, no delta oriental do Nilo, revelando estruturas urbanas e artefatos com mais de 2.500 anos. A descoberta foi feita em escavações no sítio de Tell el-Fara’in, também conhecido como Tell Nabasha, por pesquisadores da Universidade de Manchester e da Universidade de Sadat City, no Cairo.

A equipe utilizou imagens de satélite de alta resolução para identificar áreas com aglomerações de tijolos de barro, o que levou à escavação de casas de vários andares, celeiros e uma estrada que se conectava ao antigo templo da deusa Wadjet. A presença dessas casas, sustentadas por fundações reforçadas, indica que a cidade era densamente habitada e contava com uma infraestrutura urbana desenvolvida.


Segundo o arqueólogo Nicky Nielsen, líder da missão britânica, esse tipo de construção é característico do delta do Nilo entre o Período Tardio e a era romana e sugere que Imet era um centro urbano próspero no século IV a.C.

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Em outra área do sítio, os pesquisadores identificaram os restos de um edifício com piso de gesso calcário e pilares maciços. A construção data do Período Ptolemaico e fica ao lado da antiga rota cerimonial ligada ao culto de Wadjet, que teria perdido importância ao longo do tempo. A mudança indica uma transformação nas práticas religiosas da região.


Além das estruturas, a equipe localizou artefatos que ajudam a reconstruir aspectos da vida espiritual da população. Entre os objetos encontrados estão um ushabti de faiança (pequenas estatuetas egípcias) da 26ª Dinastia, uma placa de pedra com a imagem do deus Harpócrates e um sistro de bronze (instrumento de percussão egípcia) com representações da deusa Hator.

“A descoberta amplia o conhecimento sobre o cotidiano, a religiosidade e o desenvolvimento urbano no Egito Antigo e reposiciona Imet como um ponto estratégico para o estudo do delta do Nilo no Período Tardio”, conclui o resumo do estudo.

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