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Austrália vai gastar R$ 9 bilhões em drones submarinos para conter avanço da China; entenda

País investe em frota de veículos autônomos para vigilância e ataques em resposta à expansão militar chinesa na região Indo-Pacífico

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Austrália investirá R$ 9 bilhões na compra de drones submarinos chamados "Tubarões Fantasma".
  • Os drones serão utilizados para vigilância, reconhecimento e ataques em resposta à expansão militar da China no Indo-Pacífico.
  • Os primeiros drones entrarão em operação em janeiro de 2026 e poderão ser lançados de diversas plataformas.
  • O programa se alinha ao pacto AUKUS, e reflete a necessidade da Austrália de defender uma vasta área marítima contra ameaças navais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Autoridades australianas ao lado de uma unidade dos novos drones submarinos do país Reprodução/X/@sopelza

A Austrália anunciou na quarta-feira (10) um investimento de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) na aquisição de uma frota de drones submarinos. Batizados de “Tubarões Fantasma”, os veículos serão incorporados em resposta à expansão militar da China na região Indo-Pacífico.

Desenvolvidos pela Força de Defesa Australiana em parceria com uma startup dos Estados Unidos, os drones serão usados para vigilância, inteligência, reconhecimento e ataques, complementando a frota de superfície e os submarinos da Marinha Real Australiana.


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O ministro da Defesa, Richard Marles, disse na quarta-feira que os drones tornarão a marinha australiana “mais capaz e letal”. Já o ministro da Indústria de Defesa, Pat Conroy, afirmou que os veículos poderão ser exportados para aliados, segundo a agência de notícias Reuters.

“Eles têm a capacidade de conduzir inteligência, vigilância, reconhecimento e ataques a distâncias extremamente longas a partir do continente australiano”, disse Conroy. Ele acrescentou que os primeiros drones entrarão em serviço em janeiro de 2026.


O governo australiano não divulgou o número exato de unidades a serem adquiridas nem detalhes sobre alcance ou capacidades específicas, mas confirmou que os drones podem ser lançados de bases costeiras, navios de guerra ou transportados por aeronaves militares.

Resposta à China

O chefe da Marinha, Mark Hammond, disse que os drones são projetados para operar em longas distâncias, em um ambiente submarino cada vez mais disputado. “O espaço de batalha submarino é o mais opaco do planeta, e acreditamos que nossos aliados manterão uma vantagem nesse cenário”, afirmou.


O programa é financiado pelo orçamento de defesa existente, apesar de pressões do governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, para que a Austrália aumente seus gastos militares, segundo a Reuters.

O investimento ocorre em meio ao fortalecimento da marinha chinesa na região Indo-Pacífico, e uma semana após a China exibir grande tecnologia bélica durante um grande desfile militar em Pequim, que reuniu Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un.


Além disso, o programa se alinha ao pacto AUKUS, firmado em 2022 com os Estados Unidos e o Reino Unido, que prevê a aquisição de submarinos nucleares por parte dos australianos a partir da década de 2030.

Mais recentemente, em agosto, a Austrália anunciou um acordo de U$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões) com o Japão para a construção de 11 navios de guerra. Foi a exportação de defesa japonesa desde que o país flexibilizou a proibição de vendas militares, em 2014.

A Anduril Austrália, empresa responsável pela produção dos novos drones submarinos, disse que eles enfrentarão a “presença persistente e ameaçadora” de ativos navais chineses nas águas australianas.

O Grupo de Ciência e Tecnologia de Defesa da Austrália justificou o investimento em tecnologias autônomas devido ao extenso litoral do país e à necessidade de defender cerca de 3 milhões de quilômetros quadrados de oceano com uma população relativamente pequena.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o investimento da Austrália em drones submarinos?

 

A Austrália anunciou um investimento de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) na aquisição de uma frota de drones submarinos, conhecidos como "Tubarões Fantasma".

 

Qual é o objetivo desse investimento?

 

O investimento visa responder à expansão militar da China na região Indo-Pacífico, utilizando os drones para vigilância, inteligência, reconhecimento e ataques, complementando a frota de superfície e os submarinos da Marinha Real Australiana.

 

Quem comentou sobre a capacidade dos drones?

 

O ministro da Defesa, Richard Marles, afirmou que os drones tornarão a marinha australiana "mais capaz e letal". O ministro da Indústria de Defesa, Pat Conroy, destacou que os veículos poderão ser exportados para aliados e que têm a capacidade de operar a longas distâncias a partir do continente australiano.

 

Quando os primeiros drones entrarão em serviço?

 

Os primeiros drones estão programados para entrar em serviço em janeiro de 2026.

 

Quais são as características dos drones?

 

Embora o governo australiano não tenha divulgado o número exato de unidades a serem adquiridas nem detalhes sobre alcance ou capacidades específicas, confirmou que os drones podem ser lançados de bases costeiras, navios de guerra ou transportados por aeronaves militares.

 

Qual é a visão do chefe da Marinha sobre os drones?

 

O chefe da Marinha, Mark Hammond, mencionou que os drones são projetados para operar em longas distâncias em um ambiente submarino cada vez mais disputado, ressaltando que o espaço de batalha submarino é o mais opaco do planeta.

 

Como o investimento se relaciona com a situação militar na região?

 

O investimento ocorre em um contexto de fortalecimento da marinha chinesa na região Indo-Pacífico, logo após a China exibir tecnologia bélica em um desfile militar em Pequim, que contou com a presença de líderes como Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un.

 

O investimento está alinhado a quais acordos internacionais?

 

O programa se alinha ao pacto AUKUS, firmado em 2022 com os Estados Unidos e o Reino Unido, que prevê a aquisição de submarinos nucleares pela Austrália a partir da década de 2030.

 

Quais outros acordos de defesa a Austrália firmou recentemente?

 

Em agosto, a Austrália anunciou um acordo de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões) com o Japão para a construção de 11 navios de guerra, marcando a primeira exportação de defesa japonesa desde que o país flexibilizou a proibição de vendas militares em 2014.

 

Qual é a justificativa para o investimento em tecnologias autônomas?

 

A Anduril Austrália, responsável pela produção dos novos drones submarinos, justificou o investimento devido ao extenso litoral do país e à necessidade de defender cerca de 3 milhões de quilômetros quadrados de oceano com uma população relativamente pequena.

 

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