O autor do massacre de Christchurch, na Nova Zelândia, se declarou inocente de todas as acusações. O supremacista branco foi acusado de 51 mortes, outras 40 tentativas de assassinato e uma morte está sob o Ato de Supressão de Terrorismo.
Esta é a terceira audiência do acusado desde o massacre, no dia 15 de março. O julgamento está marcado para o dia 4 de maio de 2020 e são esperadas seis semanas no tribunal até a sentença final.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o homem apareceu escoltado por três guardas penitenciários em uma transmissão na alta corte de Christchurch na noite desta quinta-feira (13), sexta-feira de manhã no horário local.
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Sem esboçar nenhuma reação durante a audiência, o terrorista sorriu enquanto o advogado, Shane Tait, disse que ele se declarava inocente de todas as acusações. A Justiça neozelandesa o avaliou e declarou que ele é mentalmente apto para seguir com o julgamento.
Na segunda audiência, em abril, o homem foi acusado de 51 mortes e 40 tentativas de assassinatos. Outras duas acusações, de tentativa de assassinato e terrorismo, foram acrescentadas na última sexta-feira (7).
Ainda segundo o jornal britânico, cerca de 140 pessoas acompanharam a audiência. Quatro conselheiros culturais, dois legalmente treinados e pessoas fornecendo assistência às vítimas e às famílias estavam presentes para ajudar os familiares a entender o processo legal.
O massacre de Christchurch foi o pior tiroteio na história da Nova Zelândia, quando o homem invadiu uma mesquita e atirou contra os frequentadores. O ataque fez com que a primeira-ministra, Jacinda Arden, reformulasse as leis de armamento do país. O crime foi transmitido ao vivo pelo Facebook do terrorista.