Bandeira nacional é hasteada em comunidades ocupadas no Rio

Rio de Janeiro, 3 mar (EFE).- Policiais e membros das Forças Armadas hastearam neste domingo as bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro no complexo de favelas do Caju, na Zona Norte da capital fluminense, depois que policiais e militares tomaram durante a madrugada o controle dessa estratégica área da cidade com o objetivo de expulsar traficantes e pacificá-la. A bandeira nacional e a do Rio tremulam desde as 10h20 (de Brasília) em sinal de que a área, que estava dominada por traficantes, se encontra agora sob controle das autoridades. Cerca de 1.400 membros das forças de segurança, incluindo equipes das polícias Civil e Militar e 200 fuzileiros navais participaram da operação, que contou com a ajuda de 17 blindados da Marinha e de um helicóptero. As forças de segurança ocuparam o complexo de favelas e entraram na vizinha Barreira do Vasco em 25 minutos e sem violência, segundo os porta-vozes da Polícia Militar. "Chegamos de madrugada e o ambiente que encontramos foi muito tranquilo. Mas estamos sempre preparados para fazer frente a situações de perigo, e o objetivo é minimizar o risco para a população", declarou o capitão Alexandre Lima Ramos, citado pela "Agência Brasil". Até o momento, foram confiscados carregadores, munição, nove rádios de comunicação, coletes à prova de bala, uma réplica de fuzil e cadernos com anotações sobre o tráfico. O governador do Rio, Sérgio Cabral, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, se reuniram para analisar o avanço da operação. Desde o começo da manhã, os moradores dessas comunidades circulavam pelas ruas e as lojas abriam suas portas com normalidade, de acordo com a agência estatal. O Complexo do Caju é formado por 13 comunidades nas quais vivem cerca de 16 mil pessoas, segundo as autoridades, e está situado entre a zona portuária da cidade e a Linha Vermelha, via expressa que leva ao aeroporto internacional Tom Jobim. Já a Barreira do Vasco é formada por três favelas nas quais vivem quase 8 mil pessoas. O objetivo da operação é expulsar os traficantes e instalar nos próximos meses uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), como são chamados os destacamentos policiais permanentes instalados nas comunidades que têm o objetivo de pacificá-las. EFE mb/id (foto)