Brasileiros ‘invadem’ perfil de primeira-dama dos Estados Unidos após Trump limitar comentários
Usuários publicaram imagens da bandeira do Brasil e mensagens destacando soberania do país
Internacional|Marcus Francisco*, do R7

Brasileiros “invadiram” as redes sociais de Melania Trump, primeira-dama dos Estados Unidos, com comentários críticos ao anúncio da aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano.
A chuva de comentários começou após o presidente norte-americano, Donald Trump, limitar os comentários das postagens de seu perfil no Instagram, nesta quinta-feira (10). Com a limitação, os brasileiros migraram seus “ataques” ao perfil de Melania.

Entre os comentários, são comuns mensagens como “o Brasil é soberano”, “respeitem o Brasil” e até o slogan adotado pela comunicação do governo “o Brasil é dos brasileiros”, estampado em boné utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento nesta sexta-feira (11).
“Segura seu macho mulher, ninguém no mundo aguenta ele”, disse um dos internautas.
Mas a “invasão” brasileira não aconteceu apenas no perfil da primeira-dama. Nas contas do vice-presidente J.D. Vance e da Casa Branca, também é possível encontrar diversos comentários mostrando indignação quanto às tarifas impostas contra o país.
Os comentários do perfil de Donald Trump já foram reabertos, mas brasileiros seguem deixando mensagens no perfil de Melania.
As novas tarifas de Trump
O presidente norte-americano comunicou a aplicação da taxa de 50% sobre produtos brasileiros por meio de uma carta endereçada a Lula nesta quarta-feira (9), onde relata que entre os motivos por trás da decisão estão os supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas americanas e a forma na qual o país tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao longo da semana, o governo dos Estados Unidos também anunciou a aplicação de tarifas a outros mercados, como as de 30% sobre importações do México e da União Europeia, anunciadas na manhã deste sábado (12), e as de 35% sobre produtos oriundos do Canadá.
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As sobretaxas aplicadas aos produtos brasileiros têm, até o momento, a maior porcentagem da “nova onda” de tarifas, anunciadas por Trump desde o início de julho. A taxa mais próxima da aplicada ao país é a de Mianmar, com 40%. As medidas entram em vigor em 1º de agosto. Veja a lista completa:
- Brasil – recebeu a maior tarifa anunciada até agora, de 50% sobre produtos exportados ao mercado norte-americano.
- México – será alvo de uma tarifa de 30%, sob a justificativa de falha no combate ao narcotráfico e à crise do fentanil.
- União Europeia – também enfrentará uma tarifa de 30%, devido ao que Trump chamou de desequilíbrio comercial e falta de reciprocidade.
- Canadá – foi notificado com tarifa de 35%, em uma medida semelhante à imposta ao México.
- África do Sul – receberá uma tarifa de 30%.
- Argélia – também está na lista com tarifa de 30%.
- Bangladesh – foi notificado com alíquota de 35%.
- Bósnia e Herzegovina – terá tarifa de 30%.
- Brunei – foi incluído com tarifa de 25%.
- Camboja – enfrentará tarifa de 36%.
- Cazaquistão – recebeu alíquota de 25%.
- Coreia do Sul – terá tarifa de 25%.
- Filipinas – ficou com a menor tarifa anunciada até agora: 20%.
- Indonésia – enfrentará tarifa de 32%.
- Iraque – foi incluído na lista com tarifa de 30%.
- Japão – terá tarifa de 25%.
- Laos – está entre os mais penalizados, com alíquota de 40%.
- Líbia – recebeu tarifa de 30%.
- Malásia – terá tarifa de 25%.
- Mianmar (Myanmar) – enfrentará tarifa de 40%.
- Moldávia – foi notificada com alíquota de 25%.
- Sérvia – receberá tarifa de 35%.
- Sri Lanka – terá tarifa de 30%.
- Tailândia – também está na lista com tarifa de 36%.
- Tunísia – fechando a lista com tarifa de 25%.
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*Sob supervisão de Ingrid Alfaya, editora-chefe do R7
