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Casos de Covid fazem China confinar área ao redor da maior fábrica de iPhones do mundo

Complexo industrial emprega 350 mil pessoas, e cerca de 80% dos celulares da Apple são montados no local

Internacional|

Funcionários trabalham na montagem de iPhone em fábrica chinesa
Funcionários trabalham na montagem de iPhone em fábrica chinesa Funcionários trabalham na montagem de iPhone em fábrica chinesa

As autoridades chinesas impuseram nesta quarta-feira (2) um confinamento a cerca de 600 mil pessoas na área em torno da maior fábrica de iPhones do mundo, depois que dezenas de trabalhadores fugiram por medo das restrições em razão de um surto de covid no local.

A Zona Econômica do Aeroporto de Zhengzhou (centro), onde está localizada a fábrica da gigante de tecnologia taiwanesa Foxconn, iniciou hoje sete dias de confinamento, segundo um comunicado oficial.

A fábrica, que emprega mais de 200 mil pessoas, está fechada desde meados de outubro, após um surto de coronavírus. O local fica cerca de 600 km a sudoeste de Pequim.

"Ainda está operando em circuito fechado", disse a Foxconn à AFP nesta quarta-feira.

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Segundo analistas citados na imprensa, o complexo industrial, que conta com três fábricas e emprega cerca de 350 mil pessoas, garante a montagem de cerca de 80% dos iPhones 14, modelo mais recente da gigante americana Apple.

Para não ser mais tão dependente da China, a Apple anunciou em setembro que terceirizaria parte de sua produção para a Índia, onde cerca de 3% dos iPhones já são fabricados.

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Reclamações

Na semana passada, surgiram imagens nas redes sociais chinesas de trabalhadores fugindo da fábrica, alguns pulando uma cerca e voltando para casa a pé depois de percorrer longas distâncias.

Os trabalhadores reclamaram online das más condições de trabalho e disseram que tiveram que fugir da fábrica para evitar as restrições da covid.

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A ONG China Labor Watch, citando depoimentos de funcionários, disse que trabalhadores doentes tiveram que continuar trabalhando com os outros, e que muitos casos positivos e de contato foram isolados em um prédio vizinho em construção.

A partir desta quarta, os mais de 600 mil habitantes da zona econômica, exceto voluntários de prevenção à covid e trabalhadores essenciais, "não poderão sair de casa" exceto por razões imperativas, como a realização de testes de covid e tratamento médico de emergência.

As autoridades também indicaram que apenas veículos médicos ou que transportem bens essenciais serão autorizados a transitar. E alertaram que seriam "intransigentes com qualquer tipo de violação".

Para manter os funcionários, a Foxconn anunciou na terça-feira (1) que os funcionários receberão um bônus diário de 400 yuans (US$ 55) por se apresentarem ao trabalho, quatro vezes o bônus anterior de 100 yuans por dia.

Os funcionários também receberão bônus adicionais se comparecerem ao trabalho por 15 dias ou mais em novembro, até 15.000 yuans se registrarem presença total neste mês.

A Foxconn admitiu que enfrenta uma "longa batalha" contra a covid, mas não especificou o número de funcionários que testaram positivo ou que estão confinados na sua fábrica de Zhengzhou.

A China é a última grande economia do mundo a manter uma estratégia de covid zero, que consiste em eliminar a circulação do vírus por meio de confinamentos, testes em massa e longas quarentenas.

Nesta quarta, a China registrou mais de 2.000 novas infecções pelo terceiro dia consecutivo, levando a novas restrições.

O território de Macau anunciou testes para os seus 700 mil habitantes depois de detetar vários casos, o que provocou o fechamento de um dos casinos da região.

O centro industrial Guangzhou, por sua vez, anunciou fechamentos parciais em vários distritos na segunda-feira (31) e na terça relatou mais de 520 novas infecções.

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