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Chanceler venezuelano vê no diálogo o fim da ameaça a uma guerra civil

Internacional|Do R7

Caracas, 31 mar (EFE).- O chanceler venezuelano, Elías Jaua, disse nesta segunda-feira que o governo do presidente Nicolás Maduro vê no diálogo com a oposição o fim da ameaça de uma guerra civil com a qual sonha apenas uma minoria fiel a um setor conservador dos Estados Unidos. A vontade de diálogo "existe em um grande setor da oposição", onde também "há quem sonhe com um conflito armado, com uma guerra civil que, graças a Deus e à vontade da maioria de nosso povo, não queremos e falo de opositores e bolivarianos chavistas", disse em uma entrevista ao canal privado "Globovisión". O ministro assinalou que o governo está à espera da "passagem da oposição" aglutinada na Mesa da Unidade Democrática (MUD) para sentar e conversar com o presidente, um assunto facilitado por uma missão de chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul) que visitou o país na semana passada. A Unasul se transformou assim "em um elemento catalisador de uma vontade de diálogo" presente majoritariamente em ambos os lados, embora tenha ressaltado que para isso não deve haver condições. "O presidente disse: 'vamos dialogar incondicionalmente, sem agendas prévias, para parar com esta violência irracional que deixou no país o lamentável saldo de quase 40 homens e mulheres de nossa pátria falecidos'", sustentou. Das 39 mortes registradas desde 12 de fevereiro, no início dos protestos, Jaua admitiu que quatro são de responsabilidade de funcionários policiais. O chanceler confirmou que "a maioria" das vítimas são pessoas que, "sem ser parte do conflito", perderam a vida em "barricadas" levantadas nas ruas e avenidas de diferentes cidades para protestar pela deterioração econômica e social do país. Jaua reiterou que se trata de dialogar "para evitar o que infelizmente outros povos não puderam evitar por não se sentar para dialogar". "Cada um tem que assumir sua responsabilidade perante a história de não ter dialogado a tempo", advertiu Jaua, que explicou que por isso os países da Unasul atuaram e se reuniram em Caracas com todos os atores políticos nacionais. O chanceler atribuiu mais uma vez "aos setores mais conservadores do governo dos EUA" as tentativas de "deslegitimar" a ação da Unasul a favor do diálogo, o que disse foi replicado por alguns opositores nacionais. Com as atuações de uns e outros foram expressadas "duas visões do que se quer na região: a paz ou o conflito", ressaltou. O chefe da diplomacia insistiu que o desejo de paz também é majoritário na MUD, que aglutina a maior parte dos partidos da oposição, embora tenha censurado a "falta da coragem" para se distanciar de seus setores radicais que propõem a luta armada como forma de ação política. O governo está "esperando" que a MUD evidencie dita separação com os grupos radicais e possa assim iniciar um diálogo que não buscará que desapareçam as diferenças, mas sim que se tratem de um marco de "dissidência democrática". EFE arv/ff (foto)

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