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Cientista espacial russo morre por causa de suposto envenenamento por cogumelos

Vitaly Melnikov, de 77 anos, seria um dos responsáveis pela Luna-25, missão da Rússia à Lua, que fracassou recentemente

Internacional|Do R7

Imagem do interior da sonda russa Luna-25, que se chocou contra a Lua em 15 de agosto
Imagem do interior da sonda russa Luna-25, que se chocou contra a Lua em 15 de agosto

Vitaly Melnikov, um destacado cientista russo, que colaborou com a agência espacial americana Nasa, morreu na quarta-feira (30), aos 77 anos, após ser hospitalizado por uma "forma grave de envenenamento", segundo informações do Moskovsky Komsomolets.

Melnikov, que morreu na quarta-feira (30), havia sido levado a um hospital moscovita no dia 11 de agosto. De acordo com o Komsomolets, controlado pelo Kremlin, a causa do envenenamento teriam sido "cogumelos não comestíveis". Os detalhes ainda não foram divulgados.

O cientista era uma figura proeminente no cenário espacial, liderando o Departamento de Foguetes e Sistemas Espaciais na RSC Energia, principal fabricante de naves espaciais de Moscou.

Com um título de doutor em ciências técnicas, Melnikov também foi pesquisador-chefe no Instituto Central de Pesquisa de Construção de Máquinas (TsNIIMash), parte da agência espacial russa Roscosmos.


Além de ser reconhecido por 291 artigos científicos, o professor cooperou com colegas estrangeiros, incluindo especialistas da Nasa.

Após 50 anos sem enviar missões à Lua, a Rússia enfrentou um revés significativo. A sonda Luna-25, lançada por Moscou, chocou-se com a superfície lunar após perder o controle e girar sem parar. O incidente representou um desfecho indesejado para um projeto que buscava retomar os feitos espaciais do país no satélite natural da Terra.


O caso de Melnikov é mais um na série de mortes suspeitas ocorridas na Rússia nos últimos anos. Em dezembro, Vladimir Nesterov, engenheiro responsável pelo foguete russo Angara, faleceu, aos 74 anos. Na mesma época, o general Alexei Maslov e Alexander Buzakov, diretor-geral dos Estaleiros da Admiralty, também vieram a óbito em circunstâncias abruptas.

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Recentemente, o general Gennady Lopyrev, que segundo fontes era detentor de segredos sobre a construção do Palácio de Putin no mar Negro, adoeceu durante sua sentença de dez anos, imposta em 2017.


Antes de seu falecimento, em agosto, foi diagnosticado com uma forma de leucemia anteriormente desconhecida. Surgiram suspeitas de envenenamento após revelações de que Lopyrev, outrora próximo de Putin, estaria apto à liberdade condicional.

Além de Yevgeny Prigozhin, veja outros desafetos de Putin que morreram de maneira suspeita

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