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Com foco na Rússia, Otan é pressionada a ampliar arsenal de longo alcance

Atualmente, os principais mísseis de cruzeiro europeus lançados do ar têm alcance inferior a 1.000 km

Internacional|Do R7

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Aliança entende que um arsenal robusto pode evitar que a ofensiva russa ultrapasse as fronteiras da Ucrânia Reprodução/Record News

A Otan enfrenta uma onda de pressão para reforçar seu arsenal de mísseis de longo alcance diante da expansão militar da Rússia e do uso estratégico dessas armas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação é de autoridades militares ocidentais, que temem que a atual capacidade da aliança seja insuficiente para impedir ataques russos em território europeu.

“O exército russo é maior hoje do que era quando começaram a guerra na Ucrânia”, afirmou o major-general John Rafferty, do Exército dos Estados Unidos, em entrevista concedida na base americana de Wiesbaden, na Alemanha.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Otan é pressionada a aumentar seu arsenal de mísseis de longo alcance devido à expansão militar da Rússia.
  • A dependência de armas de longo alcance dos EUA é alta, com 90% da capacidade da Otan vindo de Washington.
  • Paises da Europa se mobilizam para adquirir mísseis com alcance superior a 2.000 km através do programa ELSA.
  • A Rússia critica a presença desses mísseis na Europa, utilizando a expansão da Otan como justificativa para sua invasão da Ucrânia.

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A guerra na Ucrânia expôs a dependência europeia dos Estados Unidos para fornecer armamentos de longo alcance. Hoje, cerca de 90% da capacidade desse tipo de armamento na Otan vem de Washington, segundo estimativa do especialista Fabian Hoffmann, pesquisador de mísseis da Universidade de Oslo. Ele alerta que a ausência dessas armas logo no início do conflito colocou a Ucrânia em desvantagem.

Atualmente, os mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos, como o Tomahawk, com alcance de 1.800 km, e o Dark Eagle, ainda em desenvolvimento e com alcance previsto de cerca de 3.000 km, são considerados estratégicos para a dissuasão ocidental.


A Alemanha se prepara para receber esses sistemas a partir de 2026, conforme acordo firmado entre Berlim e Washington ainda durante o governo de Joe Biden. A continuidade do plano deve ser discutida nesta semana entre os ministros da Defesa da Alemanha e dos EUA.

A Rússia criticou fortemente o projeto, afirmando que a presença desses mísseis em solo europeu representa uma séria ameaça à sua segurança. Moscou também rejeita as preocupações da Otan e usa a expansão da aliança como justificativa para sua invasão da Ucrânia em 2022.


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Em resposta, países europeus têm se mobilizado. França, Alemanha, Itália, Polônia, Reino Unido e Suécia estão envolvidos no programa ELSA, voltado à aquisição de mísseis lançados do solo com capacidade de atingir alvos a mais de 2.000 km. O Reino Unido e a Alemanha anunciaram que iniciarão juntos o desenvolvimento de um novo míssil dentro desse esforço conjunto.

Atualmente, os principais mísseis de cruzeiro europeus lançados do ar, como o Storm Shadow britânico, o Scalp francês e o Taurus alemão, têm alcance inferior a 1.000 km. Já o MdCN, lançado do mar pela França, ultrapassa essa marca, mas ainda está limitado em número de projéteis.


A tendência agora é de ampliação rápida dessas capacidades. Com a Rússia mantendo sua ofensiva e aumentando sua produção militar, o comando da Otan entende que apenas um arsenal robusto e moderno pode garantir a dissuasão necessária para evitar que a guerra ultrapasse as fronteiras da Ucrânia.

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