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Com risco de sofrer impeachment, presidente do Equador dissolve o Congresso

Para tomar a medida, Guillermo Lasso alegou crise política e comoção interna; país terá eleições antecipadas

Internacional|Do R7

O presidente Guillermo Lasso discursou no Congresso equatoriano na noite desta terça (16)
O presidente Guillermo Lasso discursou no Congresso equatoriano na noite desta terça (16) O presidente Guillermo Lasso discursou no Congresso equatoriano na noite desta terça (16)

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou nesta quarta-feira (17) a dissolução do Congresso por "grave crise política", o que provocará eleições antecipadas.

O chefe de Estado, que enfrenta um julgamento por suposto peculato, ordenou "dissolver a Assembleia Nacional por grave crise política e comoção interna", afirma o documento divulgado pela Presidência.

Em um país atolado em violência ligada ao narcotráfico e descontentamento popular com o custo de vida, Lasso pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a convocação de eleições gerais antecipadas.

A Constituição estabelece que, no prazo máximo de sete dias após a publicação do decreto de dissolução no Diário Oficial, o órgão eleitoral convocará eleições legislativas e presidenciais para completar o atual mandato de quatro anos.

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"É uma decisão democrática não só porque é constitucional, mas porque devolve ao povo equatoriano a possibilidade de decidir", afirmou Lasso em rede nacional.

O presidente compareceu à Assembleia Nacional na terça-feira para se defender das acusações de suposto peculato.

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Segundo as denúncias, Lasso decidiu dar continuidade a um contrato assinado antes de sua posse, apesar de relatos de que era prejudicial ao Estado.

O contrato para o transporte de petróleo com o grupo internacional Amazonas Tanker provocou prejuízos de mais de 6 milhões de dólares (R$ 29,4 milhões, na cotação atual). O presidente não foi processado por nenhum crime na Justiça comum e garantiu que apresentou uma denúncia ao Ministério Público em 2022 para investigar o caso.

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Até a posse da nova Assembleia Nacional, Lasso poderá governar com a emissão de decretos-lei de urgência econômica, mas com o parecer favorável prévio do Tribunal Constitucional.

Esta é a primeira vez que um presidente aplica a chamada "morte cruzada", que pode ser exercida apenas uma vez durante os três primeiros anos do mandato.

O Parlamento tentou destituir Lasso em junho do ano passado, em meio a violentos protestos indígenas contra o alto custo de vida, mas faltaram 12 votos para afastá-lo do poder.

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