Começa votação para as eleições presidenciais no Mali

O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, votou no início da manhã deste domingo (29) em Sebenicoro, um bairro de Bamako, em uma eleição que ele espera que lhe dê um segundo mandato. Mas depois de cinco anos, há uma violência étnica e jihadista generalizada no Mali que piorou drasticamente desde que ele venceu as últimas eleições em 2013.

Keita, 73, disse a seus partidários no último dia de campanha que a paz já havia sido restaurada, dizendo que ele fez uma turnê por todo o Mali e "em nenhum lugar eu senti medo", mas nos últimos três anos, os ataques jihadistas triplicaram e as mortes violentas duplicaram, de acordo com o site da sociedade civil Malilink.

No mês passado, um homem-bomba dirigiu um veículo carregado de explosivos para a sede da força antiterrorista regional do G5 Sahel, em Severe, no centro de Mali, matando três pessoas. Em um vídeo divulgado no sábado, o líder da Al Qaeda afiliada a Nusrat al-Islam, wal Muslimeen, convocou todos os malianos a se unirem à jihad e atacar forças estrangeiras estacionadas no país.

A insegurança é tanta que em algumas partes do país a votação simplesmente não acontecerá, e a missão de observadores da União Europeia exortou o governo no sábado a publicar uma lista de lugares que não poderão votar, a fim de sufocar as suspeitas de candidatos de "assembleias de voto fictícias".

Duas dúzias de outros candidatos estão contestando a presidência, em uma nação em grande parte do deserto do Saara, que foi fraturada por uma rebelião tuaregue e pela militância islâmica em todas as zonas norte e central desde a última pesquisa, em 2013.

Oito milhões de eleitores estão inscritos para a eleição. A votação começou em algumas assembleias de voto às 8h da manhã do horário local, conforme programado, embora outros tenham sido adiados, e fecha às 18h.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Raphael Hakime