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Como cientistas estão desenvolvendo tecnologia para construir casas em Marte

Expectativa dos cientistas é que a tecnologia ajude a viabilizar a presença humana em Marte no longo prazo

Internacional|Do R7

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Nasa planeja enviar seres humanos em uma viagem científica de ida e volta a Marte, possivelmente em 2035 Nasa/JPL-Caltech

A construção de moradias em Marte, por muito tempo considerada uma fantasia da ficção científica, pode estar mais próxima da realidade. Pesquisadores da Universidade Texas A&M e da Universidade de Nebraska-Lincoln desenvolveram um sistema biológico capaz de formar estruturas sólidas a partir do regolito marciano, sem a necessidade de intervenção humana.

O projeto é liderado pela professora Congrui Grace Jin e conta com financiamento da Nasa. A ideia é usar uma comunidade sintética inspirada em líquens naturais, capaz de transformar materiais do solo de Marte em estruturas resistentes. O sistema combina “fungos filamentosos e cianobactérias que interagem entre si para produzir biominerais, criando um material de ligação que consolida as partículas de regolito”.


“As cianobactérias captam dióxido de carbono e nitrogênio da atmosfera e produzem nutrientes e oxigênio, enquanto os fungos fixam os minerais nas paredes celulares, promovendo a formação de estruturas. O processo ocorre com ar, luz, regolito e um meio líquido inorgânico, sem necessidade de nutrientes externos”, aponta o resumo do estudo.

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Outros métodos de construção em Marte já foram testados, como o uso de magnésio, enxofre, geopolímeros ou microrganismos isolados. Mas todos exigem assistência humana constante, o que limita sua viabilidade diante da escassez de mão de obra no planeta.


O próximo passo da equipe é transformar esse material biológico em tinta para impressão 3D, com o objetivo de produzir estruturas como casas e móveis diretamente no solo marciano. A expectativa dos cientistas é que a tecnologia ajude a viabilizar a presença humana em Marte no longo prazo.

A Nasa mantém atualmente cinco missões ativas em Marte, incluindo os rovers Perseverance e Curiosity, que seguem coletando amostras de rochas e regolito marciano para futuras análises na Terra.


A Nasa planeja enviar seres humanos em uma viagem científica de ida e volta a Marte, possivelmente em 2035. A viagem levará cerca de seis a sete meses em cada sentido e percorrerá até 250 milhões de milhas (402 milhões de quilômetros) em cada sentido. Os astronautas poderão passar até 500 dias na superfície do planeta antes de retornar à Terra.

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