Logo R7.com
RecordPlus

Como é o F-16, caça da Ucrânia destruído em massivo ataque aéreo russo

Aeronave caiu durante ofensiva com drones e mísseis; esta foi a terceira unidade perdida pelos ucranianos desde 2024

Internacional|Do R7

  • Google News
Caças F-16 começaram a ser cedidos à Ucrânia por aliados ocidentais no ano passado Divulgação/Forca Aérea dos EUA

Um caça F-16 da Força Aérea Ucraniana foi derrubado durante um massivo ataque aéreo russo na noite de domingo (29), segundo a Ucrânia. O piloto, o Tenente-Coronel de 1ª Classe Maksym Ustymenko, morreu.

A ofensiva foi uma das maiores desde o início da guerra. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia lançou 477 drones e 60 mísseis contra seis alvos no país.


Este foi o terceiro F-16 perdido pela Ucrânia desde que começou a operar essas aeronaves, no último ano. A Força Aérea Ucraniana disse que Ustymenko fez tudo para desviar o avião de uma área povoada, mas não conseguiu ejetar a tempo.

Ele era um dos poucos pilotos do país treinados para pilotar o F-16, um dos caças mais avançados do arsenal ucraniano, segundo a rede norte-americana CNN. O treinamento para operar essas aeronaves é altamente especializado e pode levar meses.


Zelensky disse que Ustymenko destruiu sete alvos antes de morrer, elogiando-o por “proteger heroicamente” os céus da Ucrânia.

Leia mais

Aeronave avançada

O F-16, conhecido como Fighting Falcon, é um caça a jato de alta performance. Lançado em 1976, ele voou pela primeira vez em dezembro daquele ano e entrou em operação três anos depois, em 1979, segundo a Força Aérea dos EUA.


Produzido por um consórcio entre EUA, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega, o F-16 é usado por mais de 25 países.

Com um motor a jato, o F-16 atinge velocidades superiores a 2.400 km/h e pode operar em qualquer condição climática ou de luminosidade, com alta manobrabilidade, segundo os EUA.


Quando equipado, leva dois mísseis AIM-9, dois AIM-120 e uma arma com 500 cartuchos, o que o torna eficaz em combates aéreos e ataques terrestres. Tanques extras de combustível, acoplados às asas, aumentam a autonomia.

A morte de Ustymenko e a perda de mais um F-16 representam um duro golpe para a Ucrânia, que depende de pilotos altamente qualificados e de um número limitado de caças avançados, cedidos pelos países ocidentais.

Zelensky voltou a reforçar a necessidade de mais apoio internacional para fortalecer as defesas aéreas, alertando que a Rússia continuará seus ataques enquanto puder. “Esta guerra precisa acabar, e é preciso pressionar o agressor”, disse.

Intensificação de ataques russos

A Rússia intensificou os ataques aéreos contra a Ucrânia desde que drones furtivos ucranianos destruíram parte da frota de bombardeiros de Vladimir Putin. Zelensky disse que os russos lançaram 114 mísseis, 1.270 drones e quase 1.100 bombas planadoras apenas nesta última semana.

Os ataques russos estão mais frequentes, concentrados e realizados em altitudes elevadas, o que tem dificultado a defesa com armamentos como metralhadoras, segundo as autoridades ucranianas.

A Força Aérea Ucraniana abateu 211 drones e 38 mísseis na noite de domingo, mas os bombardeios atingiram infraestrutura civil, ferindo pelo menos 11 pessoas, incluindo duas crianças, na cidade de Smila, na região de Cherkasy.

Três prédios residenciais, casas, carros, quatro instituições educacionais e um hospital psiquiátrico foram danificados, disse Ihor Taburets, chefe da administração militar local.

O Ministério da Defesa russo afirmou que os ataques miraram instalações militares e refinarias de petróleo, mas as autoridades ucranianas contestam, apontando danos a alvos civis.

Zelensky fez um apelo aos aliados ocidentais por mais sistemas de defesa aérea, como o Patriot, fabricado pelos EUA, considerado um dos melhores contra mísseis balísticos e hipersônicos do mundo.

A Ucrânia possui cerca de meia dúzia desses sistemas, mas teme a escassez de mísseis, especialmente com ameaças de redução da ajuda norte-americana.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.