Comunidade internacional analisará crise do Mali em reunião em Bruxelas

Bruxelas, 21 jan (EFE).- A comunidade internacional analisará a crise no Mali em reunião marcada para o próximo dia 5 de fevereiro em Bruxelas, presidida pela chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, anunciou nesta segunda-feira seu porta-voz em entrevista coletiva. "Marcamos para 5 de fevereiro um encontro ministerial do grupo internacional de apoio e acompanhamento da situação no Mali", indicou o porta-voz, Michael Mann. A reunião será organizada pela UE, a União Africana, a Comunidade Econômica de Estados de África Ocidental (Cedeao) e as Nações Unidas e será presidida por Catherine, explicou. O objetivo, segundo fontes comunitárias, é repassar a situação no país africano e os possíveis seguintes passos. A União Europeia, como confirmaram na semana passada seus ministros de Relações Exteriores, desdobrará no Mali uma missão para treinar soldados locais, que com o apoio de uma força africana sob mandato da ONU, serão os encarregados de tentar recuperar o norte do país, atualmente sob o controle de grupos jihadistas. O general francês François Lecointre, que comanda a operação europeia, chegou nesta segunda a Mali junto a uma equipe de especialistas para começar a preparar o desdobramento, que a priori será aprovado pelos 27 em meados de fevereiro. Além disso, a UE apoiará a força africana (AFISMA) logística e financeiramente, para qual já reservou fundos iniciais no valor de 50 milhões de euros. Em paralelo, Bruxelas iniciou um mecanismo para canalizar todas as ofertas de apoio logístico que os países façam a essa operação e os possíveis pedidos por parte africana, explicou Mann. Assim, a UE se encarregará de tramitar o respaldo internacional à AFISMA, principalmente para o transporte das tropas africanas e de suas equipes, mas também para planejar operações e para a formação de militares. A ideia, segundo o porta-voz, é ter um "guichê único" para canalizar toda essa ajuda de forma "eficiente". EFE mvs/ff