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Conversa entre Lula e Trump pode ajudar o Brasil, diz Clifford Young

Segundo ele, ambas as partes precisam ‘virar a página das antipatias’

Internacional|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Clifford Young sugere que um diálogo entre Lula e Trump pode beneficiar o Brasil.
  • Young pede que ambas as partes ‘virem a página das antipatias’ para melhorar as relações.
  • Tarifas sobre produtos brasileiros foram assinadas por Trump, mas com algumas exclusões.
  • O governo americano vê o Brasil com dúvidas, especialmente em relação às relações com a China.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Clifford Young usou postura do governo do México para defender diálogo Divulgação/Ipos/Arquivo

O presidente da consultoria de mercado Ipsos nos Estados Unidos, Clifford Young, afirmou que o Brasil poderia se beneficiar caso houvesse um diálogo direto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump no âmbito do tarifaço.

Segundo ele, ambas as partes precisam “virar a página das antipatias”.“Isso vai resolver o problema no curto prazo para os brasileiros? Talvez não. Mas um diálogo direto é muito melhor do que nenhum diálogo”, afirmou Young.


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Nesta semana, o presidente americano assinou o decreto que formaliza a cobrança de tarifas sobre produtos brasileiros, embora tenha excluído parte deles da lista.

“A presidente do México [Claudia Sheinbaum], por exemplo, está adotando essa postura, e não acho que contatos entre Lula e Trump atrapalhariam em nada”, avaliou.


Young também destacou que as projeções econômicas indicam que as tarifas terão pouco efeito negativo sobre os Estados Unidos.“Por um lado, os americanos veem as tarifas como inflacionárias e estão muito preocupados com os impactos de curto prazo no dia a dia. Por outro, muitos acreditam que, no longo prazo, as medidas podem gerar benefícios para o país, como o fortalecimento da indústria e a criação de empregos”, disse ele, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Para o especialista, as tarifas também carregam uma mensagem política.“A questão tarifária, na verdade, não é sobre tarifas. Para Trump, trata-se de soberania americana. O governo enxerga que os Estados Unidos vêm carregando o mundo nas costas e quer fazer um ‘restart’. Só é possível entender esse movimento dentro desse contexto. E há outro ponto: Trump aparece bem nas pesquisas.”


Young também comentou a polêmica envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e as plataformas de redes sociais, como o X e a Rumble. “Trump mistura a questão do ministro do STF com sua afinidade pela posição de direita de Bolsonaro e que Lula é da esquerda. E também pesa a questão do X, do Elon Musk — uma história mais longa, que envolve a suspensão da rede social no Brasil por mais de um mês em 2024, após Musk afirmar que não acataria mais ordens de remoção de conteúdo.”

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Na visão de Young, o governo Trump enxerga o Brasil com “muitas dúvidas e receio”. “Com esse recomeço, integrantes da equipe de Trump passaram a repensar a América Latina como uma área de influência dos Estados Unidos. Além disso, o governo americano não vê com bons olhos países que mantêm relações estreitas com a China. Parte do governo é fortemente anti-China, embora o próprio Trump seja mais flexível e pareça sempre mais aberto à negociação”, concluiu.

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