Coreia do Norte diz que satélite-espião tirou fotos de bases dos EUA ao se antecipar e assustar vizinhos
Coreia do Sul avisou que os vizinhos, proibidos pela ONU de usar tecnologias de mísseis balísticos, lançaram dispositivo de patrulha
Internacional|Do R7

A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira (22) que o ditador Kim Jong-un examinou imagens de bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, no oceano Pacífico, que foram registradas pelo novo satélite de vigilância lançado nesta terça-feira (21).
A entrada em órbita do satélite Malligyong-1, anunciada pela Coreia do Norte, é um desafio às resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas), que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologias de mísseis balísticos.
A Coreia do Sul disse, nesta terça, que "a Coreia do Norte lançou um satélite de reconhecimento em direção ao sul". O Japão ativou um alerta de mísseis em Okinawa e recomendou a retirada da população local.
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Kim "observou as fotos aeroespaciais da base aérea de Anderson, o porto de Apra e de outras importantes bases militares das forças americanas feitas no céu de Guam, no Pacífico", afirmou a agência oficial de notícias KCNA, que também disse que as fotografias foram recebidas às 21h21 (locais) desta quarta-feira.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, "condenou de maneira veemente o lançamento", informou seu porta-voz, Farhan Haq. "Qualquer lançamento da Coreia do Norte que utilize tecnologia de mísseis balísticos é contrário às resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou.
Após o lançamento, a agência KCNA afirmou que a Coreia do Norte pretende lançar outros satélites "em curto prazo". "O lançamento de um satélite de reconhecimento é um direito legítimo da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) para reforçar suas capacidades de autodefesa", destacou.
A Coreia do Sul reagiu ao lançamento com o anúncio de que retomará as operações de vigilância na fronteira com a Coreia do Norte, suspensas em 2018 no âmbito de um acordo para reduzir as tensões militares.
O lançamento também foi condenado pelo Japão e pelos Estados Unidos, num momento em que a aproximação entre a Coreia do Norte e a Rússia preocupa Washington e seus aliados na região.
A Coreia do Sul afirma que Pyongyang fornece armas a Moscou em troca de tecnologias espaciais russas.
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País mais fechado do mundo, a Coreia do Norte deu uma discreta demonstração do potencial da indústria nacional nesta semana, quando apresentou, em uma feira na capital, Pyongyang, alguns produtos além dos já comuns mísseis balísticos que fabrica "dentro de casa"