Coreia do Norte chama agência nuclear global de 'marionete'
A Coreia do Norte está sujeita a sanções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006 por causa de seus programas de mísseis nucleares
Internacional|Do R7, com Reuters
A Coreia do Norte apelidou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de "uma marionete que dança ao som das forças hostis", nesta quarta-feira (11). Segundo o chefe da AIEA da Organização das Nações Unidas, as atividades nucleares de Pyongyang, capital do país, continuam sendo "um motivo de séria preocupação".
A AIEA, com sede em Viena, não tem acesso à Coreia do Norte desde que o Estado asiático isolado expulsou os inspetores da AIEA em 2009. Desde então, Pyongyang avançou com seu programa de armas nucleares, conduzindo seu último teste nuclear em setembro de 2017.
Leia mais: O que foi feito para que Hiroshima e Nagasaki não se repetissem
A agência especializada das Nações Unidas tem monitorado a Coreia do Norte à distância, inclusive com imagens de satélite.
"As atividades nucleares da RPDC continuam sendo motivo de sérias preocupações. A continuação do programa nuclear do país é uma violação clara das resoluções relevantes do Conselho de Segurança e é profundamente lamentável", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, aos 193 membros da Assembleia Geral da ONU na quarta-feira.
A Coreia do Norte é formalmente conhecida como República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
Leia mais: Pyongyang está construindo dois submarinos para lançar mísseis
O embaixador da Coreia do Norte, Kim Song, rejeitou um relatório anual da AIEA submetido à Assembleia Geral por "estar completamente impregnado de conjecturas e fabricações".
"A AIEA não é mais do que uma ferramenta política dos países ocidentais", disse Kim. "A RPDC nunca terá negócios com a IAEA enquanto não houver imparcialidade e objetividade ... e permanecer uma marionete dançando ao som das forças hostis contra a RPDC", disse o líder norte-coreano.
Histórico do país
A Coreia do Norte está sujeita a sanções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006 por causa de seus programas de mísseis nucleares e balísticos. O conselho de 15 membros tem fortalecido constantemente as sanções em uma tentativa de cortar o financiamento para esses programas.
O líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniram três vezes desde 2018, mas não conseguiram fazer progresso nos pedidos dos EUA para que Pyongyang desistisse de suas armas nucleares, tampouco atenderam as exigências da Coreia do Norte pelo fim das sanções.