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Egípcios votam em eleição que deve dar segundo mandato a Sisi

Críticos afirmam que Abdel Fattah al-Sisi é responsável pela pior campanha de repressão à dissidência já vista no Egito

Internacional|

Oposição desistiu da corrida eleitoral
Oposição desistiu da corrida eleitoral Oposição desistiu da corrida eleitoral

Os egípcios começaram a votar nesta segunda-feira (26) em uma eleição presidencial que deve resultar em uma vitória fácil para o atual mandatário, Abdel Fattah al-Sisi, e o comparecimento será o foco das atenções, já que toda a oposição relevante desistiu da corrida se queixando de repressão.

As urnas ficarão abertas durante três dias e o e ex-comandante militar Sisi exortou os cidadãos a votarem, dando a entender que vê a eleição como um referendo de seu governo de quatro anos.

Embora muitos egípcios vejam o líder aliado dos Estados Unidos como vital para a estabilidade de um país no qual tumultos ocorridos desde 2011 abalaram a economia, críticos dizem que ele é responsável pela pior campanha de repressão à dissidência já vista no Egito e classificaram o pleito como uma encenação.

Sisi, de 63 anos, que comandou a derrubada militar de Mohamed Mursi, o primeiro presidente egípcio eleito democraticamente, em 2013, apresenta sua candidatura a um segundo mandato como uma escolha em nome da estabilidade e da segurança.

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Mas um comparecimento menor do que o esperado pode levar a crer que Sisi carece de autoridade para adotar mais das medidas rigorosas necessárias para ressuscitar a economia, prejudicada depois que a revolta de 2011 afastou turistas e investidores estrangeiros, ambos fontes de moedas fortes.

No início desta segunda-feira dezenas de pessoas formavam filas para votar dentro e nos arredores do Cairo, mas não em grandes quantidades. Correspondentes da Reuters viram eleitores esperando do lado de fora de escolas convertidas em zonas de votação.

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"Viemos apoiar o presidente Sisi. Qualquer um que não participe da votação é um traidor", disse Saad Shahata, servidor público de 76 anos, em uma zona eleitoral de Monofiya, província situada ao norte do Cairo.

O único concorrente de Sisi é Moussa Mostafa Moussa, apoiador de longa data do ex-militar visto por muitos como um candidato de fachada: seu partido Ghad chegou a apoiar um segundo mandato para Sisi antes de Moussa emergiu como postulante de última hora.

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Moussa rejeita as acusações de que está sendo usado para criar uma sensação falsa de competição, e a comissão eleitoral afirma que fará com que a votação seja justa e transparente.

Mesmo antes do início da campanha a Organização das Nações Unidas (ONU), grupos de direitos humanos e figuras da oposição disseram que a eleição foi comprometida por prisões, pela intimidação de oponentes e por um processo de indicação que favorece o presidente.

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