Embaixador de Israel na ONU agradece a Trump por ataques ao Irã: ‘Ato necessário’
Em entrevista coletiva neste domingo, Danny Danon afirmou que ações contra instalações nucleares foram ‘decisão corajosa’ dos EUA
Internacional|Do R7

O embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), Danny Danon, afirmou neste domingo (22) que os recentes ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã foram um ato “necessário” e uma “decisão corajosa”.
“Nas últimas 24 horas, a história mudou. Os Estados Unidos agiram com muita coragem e moralidade. Agora, o restante do mundo precisa mostrar sua gratidão. [...] Foi um ato necessário e uma decisão corajosa de remover a maior ameaça para a segurança global”, afirmou durante entrevista coletiva.
No comunicado, Danon agradeceu aos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump pelos atos.
“O mundo e o Conselho de Segurança [da ONU] devem dizer claramente e sem hesitação: ‘Obrigado, Estados Unidos e presidente Trump, por atuarem quando outros não puderam, por manterem-se firmes quando outros fecharam os olhos’”, disse.
“O alcance do Irã se estende além de nossas fronteiras. Eles armam milícias no Iraque, aterrorizam o Líbano, financiam hooties [grupo político e militar] no Iêmen, planejam assassinatos na Europa e ameaça todas as capitais do Ocidente com o seu arsenal crescente de mísseis balísticos”, criticou o embaixador israelense.
Danon também acusou o Irã de promover desestabilização em diversas regiões do mundo. “Eles armam milícias no Iraque, aterrorizam o Líbano, financiam os houthis no Iêmen, planejam assassinatos na Europa e ameaçam todas as capitais do Ocidente com seu arsenal crescente de mísseis balísticos”, afirmou, destacando que o alcance da atuação iraniana vai muito além do Oriente Médio.
O embaixador afirmou que Israel responderá a qualquer novo ataque com força “justa e avassaladora”, direcionada a alvos militares e nucleares.
Ele antecipou críticas à ofensiva americana no Conselho de Segurança da ONU e questionou onde estavam os países que agora devem se manifestar contra os bombardeios. “Vocês não podem se isentar disso, condenar bombeiros enquanto incendiários colocam mais fogos. Vocês não podem proteger a paz apaziguando o mal”, concluiu.
Ataque dos EUA
Em uma ofensiva coordenada e mantida em sigilo até sua execução, os Estados Unidos atacaram, na madrugada de sábado (21), três instalações nucleares do Irã. Poucas pessoas souberam da operação, segundo informações divulgadas em coletiva neste domingo (22).
A operação, batizada de Midnight Hammer (Martelo da Meia-noite), mobilizou bombardeiros B-2 partindo diretamente do território norte-americano e contou com o lançamento de mísseis Tomahawk por um submarino posicionado no Golfo Pérsico.
Durante coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa Pete Hegseth afirmou que os bombardeios contra três instalações nucleares iranianas “devastaram o programa nuclear do Irã”.
“As ambições do Irã foram destruídas. Muitos sonharam em realizar esse ataque final. Só Trump conseguiu”, declarou. Hegseth ainda destacou que “durante seu governo, Trump afirmou que o Irã precisa, não pode, ter uma arma nuclear. Ponto final.”
O general John D. Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, detalhou os meios utilizados: 75 munições guiadas, incluindo 14 bombas GBU-57 — artefatos projetados para perfurar dezenas de metros abaixo do solo, capazes de atingir bunkers fortificados.
O pacote de ataque principal, segundo o miitar era composto por 7 bombardeiros B-2 Spirit” voando 18 horas do continente americano até o Irã com múltiplos reabastecimentos aéreos.
Além disso, aviões de combate destruíram sistemas de defesa aérea iranianos para facilitar o avanço dos bombardeios.
“Os caças iranianos não voaram, e parece que os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos avistaram durante toda a missão. Mantivemos o elemento surpresa”, acrescentou Caine.
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