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Enquanto Bolívia se prepara para 2º turno, esquerda fica fora do Congresso, segundo projeção

Partido Democrata Cristão pode ter eleito 15 senadores, consolidando-se como a principal força parlamentar do país

Internacional|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O partido de esquerda MAS ficou fora do Senado e da Câmara na Bolívia após as eleições.
  • O PDC foi a principal força, elegendo 15 senadores, enquanto a Aliança Livre conquistou 12 e a Unidade 8.
  • Os resultados mostram que nenhum partido alcançou a maioria absoluta, exigindo acordos para governabilidade.
  • As eleições presidenciais no segundo turno ocorrerão em 19 de outubro, entre Rodrigo Paz e Jorge Quiroga.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O MAS, partido de Luis Arce, ficou fora tanto do Senado quanto da Câmara Fernando Frazão/Agência Brasil

O Congresso da Bolívia apresentou uma configuração inédita após as eleições gerais desse domingo (17). O partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS) — que governou a Bolívia durante 20 anos, primeiro com Evo Morales e depois com Luis Arce — ficou de fora tanto do Senado quanto da Câmara de Deputados, abrindo espaço a outras forças políticas e à criação de novas alianças.

De acordo com dados da Captura Consulting SRL para o jornal boliviano El Deber, o Partido Democrata Cristão (PDC), de Rodrigo Paz, conquistou 15 senadores, consolidando a posição como a principal força parlamentar. Já a Aliança Liberdade e Democracia (Libre), de Jorge Quiroga, ficou em segundo lugar, com 12 cadeiras, enquanto a aliança Unidade, liderada por Samuel Doria Medina, conquistou oito senadores.


Enquanto isso, Manfred Reyes Villa (APB-Súmate) ganhou uma cadeira. O restante das forças políticas — incluindo o Movimento ao Socialismo (MAS), de Eduardo Del Castillo, a Aliança Popular, de Andrónico Rodríguez, a Força Popular, de Jhonny Fernández, e o ADN, de Pavel Aracena — não conseguiu representação no Senado.

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A amostra utilizada foi construída a partir de 567 seções eleitorais, representando 131.786 eleitores elegíveis. Segundo o El Deber, embora os dados não sejam resultados oficiais, eles fornecem um panorama inicial do equilíbrio de poder no Senado, onde, pela primeira vez em anos, o partido MAS ficou ausente.


Na nova configuração, o PDC, de Rodrigo Paz, em maioria parlamentar, tem o poder de propor o próximo presidente do Senado. No entanto, os números mostram que nenhum partido pode garantir a aprovação de leis, uma vez que, em alguns casos, é necessária maioria simples e, em outros, dois terços dos votos.

Assim, para garantir a governabilidade, o PDC terá de firmar acordos com outras forças.


O cenário político na Câmara dos Deputados da Bolívia também mudou drasticamente. O MAS, que detinha a maioria, ficou sem nenhum representante, enquanto o PDC conquistou 51 cadeiras e a Aliança Livre, 43, segundo informações da imprensa estrangeira.

Nenhum partido chegou à maioria absoluta de 66 cadeiras, muito menos aos dois terços necessários para reformas mais profundas. Assim, a governabilidade também dependerá de acordos parlamentares.


Segundo turno

A Bolívia se prepara para escolher seu novo presidente em 19 de outubro, no segundo turno das eleições. Participarão os vencedores do primeiro turno, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), e Jorge Quiroga, da Aliança Livre.

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deve oficializar a convocatória no dia 31 de agosto, dando início ao calendário de sorteio de jurados, à propaganda eleitoral e à preparação das mesas de votação.

A ausência do MAS, que durante anos dominou o cenário político, abre uma nova etapa no país marcada por fragmentação e acordos obrigatórios.

Perguntas e respostas:

Qual foi a nova configuração do Congresso da Bolívia após as eleições gerais?

O Congresso da Bolívia apresentou uma configuração inédita, com o partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS) ficando de fora tanto do Senado quanto da Câmara de Deputados. O Partido Democrata Cristão (PDC) se destacou ao conquistar 15 senadores, tornando-se a principal força parlamentar do país.

Quais partidos conseguiram cadeiras no Senado e quantas cada um conquistou?

O Partido Democrata Cristão (PDC) conquistou 15 senadores, a Aliança Liberdade e Democracia (Libre) ficou em segundo lugar com 12 cadeiras, e a Aliança Unidade, liderada por Samuel Doria Medina, obteve oito senadores. Manfred Reyes Villa (APB-Súmate) também ganhou uma cadeira, enquanto o MAS e outras forças políticas não conseguiram representação no Senado.

Como foi realizada a amostra para os dados das eleições?

A amostra foi construída a partir de 567 seções eleitorais, representando 131.786 eleitores elegíveis. Embora os dados não sejam resultados oficiais, eles oferecem um panorama inicial do equilíbrio de poder no Senado, onde o MAS ficou ausente pela primeira vez em anos.

Qual é a situação do PDC em relação à proposta do próximo presidente do Senado?

Com a maioria parlamentar, o PDC, de Rodrigo Paz, tem o poder de propor o próximo presidente do Senado. No entanto, nenhum partido possui a capacidade de garantir a aprovação de leis sem firmar acordos com outras forças, já que é necessária maioria simples em alguns casos e dois terços dos votos em outros.

Como ficou a situação na Câmara dos Deputados após as eleições?

Na Câmara dos Deputados, o MAS, que anteriormente detinha a maioria, ficou sem nenhum representante. O PDC conquistou 51 cadeiras e a Aliança Livre obteve 43. Nenhum partido alcançou a maioria absoluta de 66 cadeiras, o que significa que a governabilidade dependerá de acordos parlamentares.

Quando será o segundo turno das eleições presidenciais na Bolívia e quem são os candidatos?

O segundo turno das eleições presidenciais na Bolívia está marcado para o dia 19 de outubro. Os candidatos que participarão são Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), e Jorge Quiroga, da Aliança Livre.

Quando o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deve oficializar a convocatória para as eleições?

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deve oficializar a convocatória no dia 31 de agosto, dando início ao calendário de sorteio de jurados, à propaganda eleitoral e à preparação das mesas de votação.

Qual é o impacto da ausência do MAS no cenário político da Bolívia?

A ausência do MAS, que dominou o cenário político por anos, abre uma nova etapa na Bolívia, caracterizada por fragmentação e a necessidade de acordos obrigatórios entre as forças políticas.

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