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Entenda acordo de energia nuclear entre EUA e Reino Unido para frear dependência da Rússia

Parceria, que deve ser assinada nesta semana, procura reduzir necessidade dos países sobre combustível nuclear russo até 2028

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os EUA e o Reino Unido assinarão um acordo para acelerar o desenvolvimento de energia nuclear e reduzir a dependência do combustível russo até 2028.
  • A Parceria Atlântica para Energia Nuclear Avançada busca diminuir o tempo de autorização de projetos nucleares e promover a construção de novas usinas.
  • Projetos importantes incluem a construção de até 12 reatores modulares na Inglaterra, que podem abastecer 1,5 milhão de residências.
  • A iniciativa é vista como uma "parceria nuclear histórica", prometendo gerar milhares de empregos e aumentar a segurança energética global.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ilustração de um dos novos reatores nucleares modulares pequenos (SMRs) previstos pelo acordo Divulgação/Adam Limond/Rolls-Royce

Os Estados Unidos e o Reino Unido devem assinar, nesta semana, um acordo para acelerar o desenvolvimento de energia nuclear. A ideia é reduzir a dependência dos países em relação ao combustível nuclear da Rússia até 2028.

O anúncio foi feito pelo governo britânico nesta segunda-feira (15), às vésperas da visita do presidente norte-americano, Donald Trump, ao Reino Unido.


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Chamado de Parceria Atlântica para Energia Nuclear Avançada, o tratado busca reduzir o tempo de autorização para projetos nucleares de três a quatro anos para cerca de dois anos, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

A medida inclui a aceitação mútua de verificações de segurança entre os dois países, o que deve agilizar a construção de novas usinas. O acordo também prevê avanços em programas de fusão nuclear, uma fonte de energia limpa e sem resíduos.


De acordo com a rede britânica BBC, a parceria deve gerar milhares de empregos e atrair bilhões em investimentos privados. Um dos principais projetos envolve a empresa norte-americana X-Energy e a britânica Centrica, que planejam construir até 12 reatores modulares avançados (AMRs) em Hartlepool, no leste da Inglaterra.

Esses reatores, que usam gases como hélio como refrigerante, diferem dos reatores modulares pequenos (SMRs), refrigerados a água. O projeto pode abastecer até 1,5 milhão de residências, segundo o jornal britânico The Guardian.


Além do projeto em Hartlepool, outros acordos incluem a construção de reatores modulares em Nottinghamshire, e uma microusina nuclear para abastecer o porto de London Gateway, ainda de acordo com o Guardian.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que o acordo marca uma “parceria nuclear histórica” que impulsionará o crescimento econômico e criará empregos.


“Esses compromissos nos colocam no caminho de uma era de ouro da energia nuclear, reduzindo contas de energia no longo prazo e gerando milhares de empregos no curto prazo”, afirmou Starmer.

O secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, afirmou que a parceria fortalecerá a segurança energética global e apoiará a “revolução da IA” com energia nuclear abundante. “Isso garantirá cadeias de fornecimento nuclear seguras através do Atlântico”, disse.

Segurança energética

A Rússia, por meio da estatal Rosatom, controla cerca de 40% do mercado global de enriquecimento de urânio, essencial para as usinas nucleares, e é o principal fornecedor do Reino Unido, segundo o Instituto Real de Serviços Unidos RUSI).

Isso significa que o combustível usado em usinas britânicas, como as de Hartlepool, muitas vezes vem da Rússia, o que gera riscos, especialmente após a guerra na Ucrânia, em 2022, quando a Rússia passou a usar sua posição para pressionar países ocidentais.

O acordo EUA-Reino Unido combate essa dependência ao acelerar a construção de usinas que usam combustíveis alternativos, produzidos no Ocidente.

Até 2028, o Reino Unido planeja eliminar completamente a importação de material nuclear russo, investindo na produção doméstica de urânio enriquecido de alta pureza, essencial para reatores modernos como os AMRs.

A aceitação mútua de verificações de segurança entre os dois países também pode agilizar a construção de usinas independentes da Rússia. Isso pode adicionar 6 GW de capacidade nuclear, o equivalente à produção atual do Reino Unido, segundo o The Guardian.

Tom Greatrex, da Associação da Indústria Nuclear, disse à BBC que a parceria trará um “renascimento industrial” ao setor, com benefícios econômicos e energéticos.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o objetivo do acordo entre os Estados Unidos e o Reino Unido?

 

O acordo visa acelerar o desenvolvimento de energia nuclear e reduzir a dependência dos países em relação ao combustível nuclear da Rússia até 2028.

 

Quando foi anunciado o acordo e por quem?

 

O anúncio foi feito pelo governo britânico na segunda-feira, 15, antes da visita do presidente norte-americano, Donald Trump, ao Reino Unido.

 

Qual é o nome do tratado e o que ele busca alcançar?

 

O tratado é chamado de Parceria Atlântica para Energia Nuclear Avançada e busca reduzir o tempo de autorização para projetos nucleares de três a quatro anos para cerca de dois anos.

 

Quais são as principais características do acordo?

 

O acordo inclui a aceitação mútua de verificações de segurança entre os dois países, o que deve agilizar a construção de novas usinas e prevê avanços em programas de fusão nuclear, uma fonte de energia limpa e sem resíduos.

 

Quais projetos estão sendo planejados como parte dessa parceria?

 

Um dos principais projetos envolve a construção de até 12 reatores modulares avançados (AMRs) em Hartlepool, no leste da Inglaterra, pela empresa norte-americana X-Energy e a britânica Centrica. Outros acordos incluem a construção de reatores modulares em Nottinghamshire e uma microusina nuclear para abastecer o porto de London Gateway.

 

Qual é a expectativa do primeiro-ministro britânico em relação ao acordo?

 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o acordo representa uma “parceria nuclear histórica” que impulsionará o crescimento econômico e criará empregos.

 

O que disse o secretário de Energia dos EUA sobre a parceria?

 

O secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, afirmou que a parceria fortalecerá a segurança energética global e apoiará a “revolução da IA” com energia nuclear abundante, garantindo cadeias de fornecimento nuclear seguras através do Atlântico.

 

Qual é a situação atual da dependência do Reino Unido em relação à Rússia?

 

A Rússia, por meio da estatal Rosatom, controla cerca de 40% do mercado global de enriquecimento de urânio, essencial para as usinas nucleares, e é o principal fornecedor do Reino Unido, o que gera riscos, especialmente após a guerra na Ucrânia em 2022.

 

Como o acordo EUA-Reino Unido pretende combater essa dependência?

 

O acordo busca acelerar a construção de usinas que utilizem combustíveis alternativos, produzidos no Ocidente, e até 2028, o Reino Unido planeja eliminar completamente a importação de material nuclear russo, investindo na produção doméstica de urânio enriquecido de alta pureza.

 

Qual é o potencial de capacidade nuclear que o acordo pode adicionar ao Reino Unido?

 

A aceitação mútua de verificações de segurança pode agilizar a construção de usinas independentes da Rússia, adicionando 6 GW de capacidade nuclear, equivalente à produção atual do Reino Unido.

 

O que a Associaçã da Indústria Nuclear disse sobre a parceria?

 

Tom Greatrex, da Associação da Indústria Nuclear, afirmou que a parceria trará um “renascimento industrial” ao setor, com benefícios econômicos e energéticos.

 

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