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Entenda como o timerosal é usado em vacinas e por que os EUA proibiram a substância

Organização Mundial da Saúde reafirmou que não há provas de que o timerosal cause autismo ou qualquer outro efeito adverso

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Em 2025, os EUA proibiram o uso do timerosal em vacinas, apesar da falta de evidências de riscos à saúde.
  • O timerosal é um conservante utilizado para evitar contaminações em vacinas, sendo seguro e eficaz.
  • A Organização Mundial da Saúde reafirma que o timerosal não causa autismo e é rapidamente eliminado pelo organismo.
  • A decisão de retirar o timerosal gerou preocupações sobre a confiança pública na ciência e a eficácia das campanhas de vacinação.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Cientistas desenvolvem vacina experimental para combater todos os tipos de câncer
Cientistas desenvolvem vacina experimental para combater todos os tipos de câncer Reprodução/Record News

O Departamento de Saúde dos Estados Unidos anunciou em 2025 a proibição do uso de timerosal em vacinas, mesmo sem evidências científicas de que o composto ofereça risco à saúde humana. A medida foi tomada após a reformulação do principal comitê consultivo sobre vacinas do país, em meio à crescente influência de movimentos antivacina.

O timerosal é um conservante utilizado em vacinas desde meados do século XX. A substância tem como função principal impedir a contaminação de frascos multidose por bactérias e fungos. Sua eficácia e baixo custo tornaram o composto uma ferramenta importante em campanhas de imunização em larga escala, principalmente em locais com recursos limitados. O composto é formado por etilmercúrio, que é eliminado rapidamente pelo organismo humano.


A substância deixou de ser utilizada na maioria das vacinas infantis nos Estados Unidos a partir de 2001, por precaução. Desde então, seu uso foi mantido apenas em uma pequena parcela de vacinas contra a gripe, principalmente as distribuídas em frascos multidose. Dados recentes indicam que mais de 95% das vacinas contra influenza aplicadas no país atualmente já são fornecidas em apresentações de dose única, sem timerosal.

Em 2025, o novo secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., exonerou todos os membros do comitê consultivo anterior e nomeou um novo grupo, com representantes próximos ao movimento antivacina. Entre as primeiras medidas, o painel recomendou a eliminação completa do timerosal em vacinas aplicadas em crianças, gestantes e, quando possível, em adultos. A decisão provocou críticas de cientistas e organizações de saúde pública, que alertaram para os riscos de decisões políticas descoladas das evidências científicas.


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A Organização Mundial da Saúde reafirmou que não há provas de que o timerosal cause autismo ou qualquer outro efeito adverso quando utilizado nas doses presentes em vacinas. A entidade destacou que a substância já foi amplamente estudada por agências de saúde de diversos países e que continua sendo considerada segura. O uso do timerosal permanece autorizado em campanhas de vacinação que dependem de frascos multidoses, especialmente em países de baixa e média renda.

Estudos demonstraram que o etilmercúrio presente no timerosal é processado e eliminado pelo corpo de forma rápida, sem acúmulo em níveis tóxicos. O composto é diferente do metilmercúrio, encontrado em peixes, que pode se acumular no organismo e causar efeitos adversos em altas concentrações.


A retirada do timerosal foi adotada nos Estados Unidos como parte de uma estratégia para responder a pressões políticas e conter a desinformação. A medida, no entanto, gerou preocupação entre especialistas de que a decisão possa enfraquecer a confiança pública na ciência e comprometer a eficácia das campanhas de vacinação em regiões com dificuldades logísticas.

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