Entenda por que a Rússia afunda navios falsos com drones explosivos
Imagens da “Tempestade de Julho”, exercício militar divulgado pelo governo russo, impressionam pela magnitude das explosões
Internacional|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A Rússia está usando drones explosivos em exercícios militares para simular ataques contra navios inimigos. A tática, semelhante à usada pela Ucrânia desde o início da guerra, foi exibida em vídeo pelo Ministério da Defesa russo no último final de semana, durante um exercício militar chamado de “Tempestade de Julho”, no Mar Báltico. Nas imagens, um drone naval sem tripulação se choca contra um navio falso e provoca uma grande explosão. O treino envolveu também helicópteros, drones aéreos e embarcações de guerra.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, o alvo desse treinamento não parece ser a Ucrânia, que praticamente não tem presença marinha. A real preocupação russa estaria voltada para um possível confronto com a Otan, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
Leia mais
Desde o início da invasão russa em 2022, a Ucrânia tem usado táticas para compensar a ausência de uma frota tradicional. Para se defender, o país desenvolveu seus próprios drones navais e passou a atacar navios russos com eles, além de mísseis. Por conta disso, Moscou se viu obrigada a recuar parte da sua frota para o porto de Novorossiysk, longe da Crimeia ocupada.
Em resposta, a Rússia reforçou a defesa no Mar Negro, com mais aviões de patrulha e vigilância. No entanto, a Ucrânia novamente se adaptou, com drones que agora carregam até lançadores de mísseis antiaéreos.
Os exercícios russos também incluíram simulações de ataques submarinos, operações de minas marítimas e lançamento de mísseis. Em comunicado, o presidente Vladimir Putin disse que o objetivo do treinamento é preparar a Marinha para enfrentar “missões desafiadoras e não convencionais em ambientes realistas”, e que a simulação leva em conta experiências obtidas na “operação militar especial” — nome que o governo russo dá à guerra contra a Ucrânia.
Apesar de serem inspirados no conflito em andamento, os exercícios também miram o futuro. A guerra com drones navais vem crescendo, e até as forças da Otan têm se preparado para esse tipo de ameaça. A Marinha dos EUA, por exemplo, já treina seus soldados para lidar com drones em alto-mar.
E esse tipo de guerra não se limita à Europa: no Mar Vermelho, rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, também têm usado drones navais para atacar navios comerciais e tentar bloquear rotas estratégicas no Oriente Médio.
