Maria José da Costa, mãe de Raynéia Gabrielle Lima, a estudante brasileira de Medicina assassinada a tiros na última segunda-feira na Nicarágua, se emocionou ao saber que a universidade onde a filha estudava emitiu o diploma de conclusão do curso.
"Se eu pudesse, guardaria o diploma no Tesouro Nacional, mas vou deixar na parede, guardado com muito orgulho. Vou botar no melhor quadro que eu puder pagar, pra toda hora poder olhar pro diploma da minha filha", disse a mãe, em entrevista ao R7.
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A enfermeira aposentada, que vive com um salário mínimo em Garanhuns (PE), afirma que não trocaria o diploma por nenhuma quantia em dinheiro.
"Sou uma pessoa humilde, podia vir qualquer um com uma fortuna e eu não venderia. Ele vai ficar aqui comigo, vai ser meu grande orgulho cada pessoa que perguntar de quem é e eu responder 'é minha filha, ela é médica'. Sempre vou poder me lembrar da minha filha amada", relatou. "Pra mim merecia estar num museu".
O diploma foi entregue pela Universidade Americana de Manágua durante uma cerimônia na noite de quinta-feira (26). O documento foi entregue à conselheira da embaixada brasileira, Tatiana Barbosa, e deve chegar ao Brasil na semana que vem, junto com o corpo de Raynéia.
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A brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta a tiros em 23 DE JULHO em Manágua, capital da Nicarágua. Estudante de Medicina na Universidade Americana, ela voltava para casa após um turno no hospital onde era residente. Embora a polícia afirme que Raynéia foi morta por um segurança particular, há indícios de que ela seria mais uma das centenas de vítimas do conflito entre grupos de opositores, formados majoritariamente por estudantes, e milícias favoráveis ao presidente Daniel Ortega. A violência começou em abril, depois que Ortega promulgou, sem passar pelo Congresso, uma polêmica reforma previdenciária