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Equador decreta toque de recolher e uso de militares contra protestos

Presidente Lenín Moreno assinou decreto neste sábado (12), para tentar evitar que novos protestos aconteçam na região central da capital Quito

Internacional|Da EFE

Manifestantes conversam com militar durante protesto em Quito, no Equador
Manifestantes conversam com militar durante protesto em Quito, no Equador

O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou neste sábado (12) toque de recolher no distrito metropolitano de Quito e autorizou as Forças Armadas a auxiliar a Polícia Nacional a controlar os protestos registrados hoje em várias áreas da capital do país.

"Determinei o toque de recolher e a militarização do distrito metropolitano de Quito. Passa a valer às 15h (horário local, 17h em Brasília). Isso facilitará a atuação da polícia diante dos intoleráveis desmandos da violência", escreveu o presidente nas redes sociais.

Leia também: Movimento indígena do Equador aceita dialogar com governo

Em outra mensagem, também divulgada pelas redes sociais, o Ministério de Governo pediu que a população volte para casa. "Essa medida (toque de recolher) estará vigente até novo aviso. Informem-se por canais oficiais", acrescentou o órgão.


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A decisão de Moreno deixou os protestos do movimento indígena ainda mais intensos. Antes, desde o início da manhã de hoje, os manifestantes paralisaram Quito com uma série de passeatas e bloqueios por vários pontos da capital. O centro histórico da cidade virou um campo de batalha entre grupos de oposição ao governo e as forças de segurança.

No entanto, no início da tarde, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) divulgou comunicado informando que aceitaria a proposta de diálogo feita pelo presidente.

A organização disse manter o objetivo de revogar o polêmico decreto que pôs fim ao subsídio estatal sobre os combustíveis, mas topa revisá-lo durante as negociações. A mudança de postura, segundo a Conaie, ocorreu após consulta aos diferentes movimentos que participam dos protestos contra o governo há dez dias.

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