EUA: mãe de imigrante morta deve falar em audiência sobre abrigos
Mariee, uma menina de um ano, morreu seis semanas após ser liberada de centro de detenção de imigrantes. Advogados acusam negligência médica
Internacional|Carolina Vilela, do R7*
A mãe de uma criança de um ano que morreu após ser liberada pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos da América (ICE, na sigla original) deve testemunhar perante o Comitê da Câmara sobre Supervisão e Reforma e os subcomitês sobre Direitos Civis e Liberdades Civis na audiência "Kids in Cages" (crianças em jaulas, em tradução livre), nesta quarta-feira (10).
A informação foi dada pelo Twitter da Raices, serviço jurídico de imigração sem fins lucrativos do Texas, com foco em crianças, famílias e refugiados imigrantes.
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Yazmin Juarez, 20, e a filha de um ano Mariee, foram detidas em um centro de imigrantes em Dilley, no Texas, em março de 2018.
De acordo com a rede de notícias CNN, o escritório de advogados que está cuidado do caso afirmou que ambas foram mantindas sob condições "inseguras, com cuidados médicos negligentes e supervisão inadequada".
Segundo informações da rede, Mariee contraiu uma infecção respiratória pouco depois das duas chegarem ao Centro Residencial da Família do Sul, no Texas, e faleceu seis meses depois de terem sido liberadas pelo ICE.
De acordo com a Raices, a audiência examinará o impacto das políticas do governo Trump sobre a crise humanitária na fronteira do país com o México.
O Comitê irá analisar os relatos recentes de condições precárias em que os imigrantes se encontram, a negligência médica e a falta de responsabilização por abuso e má conduta nos centros de detenção da fronteira.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Raphael Hakime