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Ex-secretário de Cristina Kirchner é encontrado morto na Argentina

Fabián Gutiérrez, que testemunhou em processo contra a vice-presidente, foi assassinado, um crime que a polícia diz não ter ligação com a política

Internacional|Do R7

Gutiérrez chegou a ser detido em 2019
Gutiérrez chegou a ser detido em 2019

Fabián Gutiérrez, 47, ex-secretário da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner e de seu marido, Néstor, foi encontrado morto no último sábado (4) em uma casa na cidade de El Calafate, na província de Santa Cruz, no sul do país.

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Gutiérrez, que foi secretário de Néstor e Cristina Kirchner durante os mandatos do casal de ex-presidentes e se afastou do governo em 2010, era um dos principais colaboradores da Justiça em um processo que investigava Cristina por corrupção.

Isso fez com que a coligação "Juntos Por El Cámbio", do ex-presidente Maurício Macri, derrotado pela chapa de Cristina na eleição do ano passado, pedisse uma investigação federal. Segundo eles, o assassinato poderia ter ligação com o processo movido contra Kirchner. O presidente Alberto Fernández chamou a acusação de "escandalosa".


Crime comum

A polícia e a justiça de Santa Cruz, no entanto, negam a possibilidade de crime político. O advogado da família de Gutiérrez, Gabriel Giordano, disse ao canal TN que "já existe uma teoria concreta, que será provada no processo e que vai calar os que fizeram a teoria da questão política".

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Quatro homens foram detidos pela polícia em Santa Cruz por suspeita de envolvimento no crime e o advogado acredita que a causa foi que eles acreditaram que a vítima teria muito dinheiro em casa, por ser um empresário conhecido e também pela ligaço com os Kirchners.


No entanto, ele estava com os bens bloqueados na Justiça e a falta de dinheiro vivo na residência pode ter sido a causa da violência. "Como ele esteve vinculado oa poder, podem ter achado que ele teria muitos recursos", disse Giordano. "Por enquanto, podem descartar a hipótese de crime passional ou político".

O corpo de Gutiérrez foi encontrado enterrado nos fundos de uma propriedade rural em El Calafate, após dois dias de busca. Ele tinha sinais de violência e tortura e diversas marcas de facada.

Segundo a polícia, ele foi morto na casa onde estava morando desde o início da quarentena nacional por conta do coronavírus e o cadáver foi levado em seu próprio carro para o local onde foi encontrado.

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