Guerra Israel x Hamas

Internacional Famílias de vítimas israelenses pedem que mundo se posicione contra violência islâmica

Famílias de vítimas israelenses pedem que mundo se posicione contra violência islâmica

Para sobreviventes dos ataques terroristas do Hamas, guerra não é um conflito por terra, mas um confronto religioso

Reuters - Internacional
Cadeiras vazias em jantar em Bruxelas (Bélgica) representam reféns capturados pelo Hamas

Cadeiras vazias em jantar em Bruxelas (Bélgica) representam reféns capturados pelo Hamas

Johanna Geron/Reuters 25.10.23

O mundo deve se posicionar contra a violência islâmica para evitar que ela se espalhe e tomar medidas para garantir a rápida libertação dos reféns em poder dos militantes do Hamas após o ataque de 7 de outubro no sul de Israel, disseram famílias das vítimas na quarta-feira.

Uma delegação de familiares visitou Roma para conversar com as autoridades, entre elas a primeira-ministra Giorgia Meloni, como parte de uma campanha para reforçar as iniciativas mundiais para libertar as cerca de 220 pessoas capturadas pelo Hamas.

O grupo inclui Avi Eylon, cuja filha de 23 anos, Shira, foi morta com um amigo enquanto participava de um festival de música eletrônica na cidade de Re'im, na fronteira com a Faixa de Gaza.

Sentado com a irmã de Shira, Adar, num hotel na capital italiana, ele disse que era tarde demais para a sua família, mas que os reféns precisavam voltar para casa.

"Por favor, acordem. Para as pessoas no mundo, para as pessoas na Europa: por favor, acordem, porque este não é um conflito de terra, este é um conflito religioso", afirmou ele à Reuters, dizendo que a razão pela qual o Hamas assassinou sua filha foi por ela ser judia.

Arte R7

Vítimas

Cerca de 222 pessoas foram feitas reféns após o ataque ao sul de Israel, no qual 1.400 foram mortos. O Hamas libertou na segunda-feira duas mulheres civis israelenses após a libertação de duas reféns com dupla nacionalidade americana e israelense, na sexta-feira.

Autoridades de saúde na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, disseram que mais de 6.500 pessoas foram mortas desde que Israel iniciou a sua campanha de bombardeios em resposta.

Três pessoas com dupla cidadania ítalo-israelense foram mortas no ataque do Hamas em 7 de outubro, incluindo Eviatar Moshe Kipnis e sua esposa, Lilian Le Havron, ambos no kibutz de Beeri, um dos principais alvos do ataque.

O filho deles, Nadav, que também perdeu o tio no ataque, veio à Itália exigir medidas para libertar todos os reféns, entre eles estão vários membros da sua família.

“Essas pessoas são apenas civis que não mereciam nenhum desses acontecimentos traumáticos, e que só são comparáveis ao Holocausto”, disse ele.

"Israel em si só pode lidar com o Hamas como uma organização terrorista, mas (Israel) não pode negociar com eles", disse ele à Reuters, ressaltando que estados como o Catar e o Egito estariam em posição de pressionar o Hamas para libertar os reféns.

Ele disse que era triste que alguns manifestantes que saíram às ruas na Europa em apoio à Palestina fossem a favor do Hamas, quando a violência islâmica atingiu novamente a França e a Bélgica.

“A narrativa de que o Hamas luta pela liberdade é simplesmente falsa”, disse. "O Hamas está lutando contra outras religiões."

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