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Catalunha: independência ou morte!

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Além da Catalunha: Quais regiões espanholas querem independência?

Entenda a história do país e seus movimentos separatistas

Internacional|Do R7

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A Catalunha protagoniza manchetes por todo mundo devido às tentativas de alguns líderes políticos para tornar a região independente do resto da Espanha. O que alimenta o sentimento catalão são idioma, costumes e leis diferentes em relação à Madri. A Espanha consiste em 17 regiões autônomas que englobam 50 províncias que formam um país descentralizado e, no mínimo, economicamente assimétrico
Os problemas que levam as regiões a quererem independência não são apenas culturais: em 2014, a Catalunha pagou 37 bilhões de reais a mais do que recebeu de verba em impostos. Existem também questões históricas: além da Catalunha, o País Basco e a Galícia também são regiões com aspirações de independência
O País Basco é provavelmente, junto da Catalunha, uma das regiões que mais defendem a independência em relação à Madri. Os bascos possuem uma cultura própria e sua língua é completamente diferente do espanhol. Depois de conflitos armados e atentados terroristas que duraram décadas, o principal grupo separatista do país, ETA, desistiu da briga, em 2011.  Apesar do ETA ter "parado", alguns radicais e ativistas ainda acreditam na luta por independência
A divisão territorial, cultural e linguística da Espanha é antiga e já atingiu a própria Catalunha: os condados de Aragão e de Barcelona eram entidades completamente diferentes na Europa, até que, em 1150, a Princesa Petronila de Aragão se casou com Raimundo Berengário 4, dando origem a uma dinastia que reinaria tanto sobre Aragão quanto sobre Barcelona. Aragão era a região que falava o agora extinto idioma aragonês, enquanto a Barcelona era a nação dos catalães. Apenas a partir do século 14, a região pouco a pouco foi sendo conhecida como Catalunha
A união entre Aragão e Barcelona por si só já foi incomum: Aragão era menos populosa e mais pobre, mas era um reino, enquanto Barcelona, mais rica e populosa, era um condado. A união foi devido a um contrato feudal, e não por proximidade cultural. Isso fez com que a cultura desse novo estado fosse predominantemente catalã — os líderes políticos eram os mesmos que antes gerenciavam Barcelona, a capital era a cidade de Barcelona e os reis falavam catalão. Com o tempo, o Estado espanhol começou a se tornar uma grande federação, e em 1469, Isabela de Castela se casou com Fernando de Aragão
Em 1512, o casal anexou o reino de Navarra ao enorme Estado espanhol. Era o começo da Espanha como conhecemos hoje. Com a morte do soberano Carlos 2º da Espanha, sem nenhum herdeiro, houve uma guerra entre apoiadores de feudos austríacos contra feudos franceses para o reinado espanhol. O francês Felipe 5º venceu a guerra, conquistou Barcelona em 1714, e estabeleceu os Bourbons como dinastia soberana na Espanha. O reinado Bourbon existe até hoje, com o rei Felipe 6º encabeçando o estado do país
Com o apoio do rei Afonso 13, iniciou-se uma ditadura comandada pelo general Primo de Rivera, que durou entre 1923 a 1930. Em 1931, depois da abdicação do rei, foi proclamada a Segunda República Espanhola, com o intuito de modernizar o estado e a economia do país. Porém, movimentos contrários ao movimento republicano enfrentam a Constituição dando início à guerra civil em 1936. Em 1939, ao fim do conflito armado que deixou mais de 500 mil mortos, quem assumiu foi outro general: Francisco Franco. Em 1932, a Catalunha já possuía um estado autônomo, mas em 1939, Franco com apoio dos nacionalistas, começou a reprimir qualquer tipo de autonomia catalã. Com sua morte, em 1975, a Espanha finalmente começou a transição para a democracia. Isso também fez com que a Catalunha começasse a engatinhar de novo com o propósito de conseguir independência. As diferentes regiões acabaram criando um país assimétrico e descentralizado: em 1980, a região de Andaluzia conseguiu ser reconhecida como comunidade autônoma
A Catalunha chama a atenção mundial por ter uma participação muito ativa na economia da Europa — a população catalã corresponde a 16% do total do país, e o PIB da região equivale a um quinto da Espanha. Mas há outras regiões clamando por independência, mesmo que não tão vocalmente
Na Itália, o presidente da região de Vêneto, Luca Zaia, coloca seu voto na urna que decidirá se a região terá maior autonomia. A votação ocorreu neste fim de semana em Treviso, província italiana, e definirá a independência (ou não) de quase 5 milhões de pessoas em relação ao governo central italiano em Roma
Também na Itália, Roberto Maroni (de óculos vermelhos) vota pela independência da Lombardia, outra região que organizou um plebiscito para a autonomia da região no domingo (22)
Outros países do bloco europeu encaram conflitos similares
Epiro do Norte, na Albânia, conta com grupos independentistas e partidos políticos apoiando a causa
A República de Artsakh, no Azerbeijão, tenta se separar desde 1918. A região conta com uma grande produção das indústrias alimentícias e madeireiras
Na Bélgica, parece que todo mundo quer se separar: a Flandres, no norte do país 

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A Catalunha protagoniza manchetes por todo mundo devido às tentativas de alguns líderes políticos para tornar a região independente do resto da Espanha. O que alimenta o sentimento catalão são idioma, costumes e leis diferentes em relação à Madri. A Espanha consiste em 17 regiões autônomas que englobam 50 províncias que formam um país descentralizado e, no mínimo, economicamente assimétrico
Os problemas que levam as regiões a quererem independência não são apenas culturais: em 2014, a Catalunha pagou 37 bilhões de reais a mais do que recebeu de verba em impostos. Existem também questões históricas: além da Catalunha, o País Basco e a Galícia também são regiões com aspirações de independência
O País Basco é provavelmente, junto da Catalunha, uma das regiões que mais defendem a independência em relação à Madri. Os bascos possuem uma cultura própria e sua língua é completamente diferente do espanhol. Depois de conflitos armados e atentados terroristas que duraram décadas, o principal grupo separatista do país, ETA, desistiu da briga, em 2011.  Apesar do ETA ter "parado", alguns radicais e ativistas ainda acreditam na luta por independência
A divisão territorial, cultural e linguística da Espanha é antiga e já atingiu a própria Catalunha: os condados de Aragão e de Barcelona eram entidades completamente diferentes na Europa, até que, em 1150, a Princesa Petronila de Aragão se casou com Raimundo Berengário 4, dando origem a uma dinastia que reinaria tanto sobre Aragão quanto sobre Barcelona. Aragão era a região que falava o agora extinto idioma aragonês, enquanto a Barcelona era a nação dos catalães. Apenas a partir do século 14, a região pouco a pouco foi sendo conhecida como Catalunha
A união entre Aragão e Barcelona por si só já foi incomum: Aragão era menos populosa e mais pobre, mas era um reino, enquanto Barcelona, mais rica e populosa, era um condado. A união foi devido a um contrato feudal, e não por proximidade cultural. Isso fez com que a cultura desse novo estado fosse predominantemente catalã — os líderes políticos eram os mesmos que antes gerenciavam Barcelona, a capital era a cidade de Barcelona e os reis falavam catalão. Com o tempo, o Estado espanhol começou a se tornar uma grande federação, e em 1469, Isabela de Castela se casou com Fernando de Aragão
Em 1512, o casal anexou o reino de Navarra ao enorme Estado espanhol. Era o começo da Espanha como conhecemos hoje. Com a morte do soberano Carlos 2º da Espanha, sem nenhum herdeiro, houve uma guerra entre apoiadores de feudos austríacos contra feudos franceses para o reinado espanhol. O francês Felipe 5º venceu a guerra, conquistou Barcelona em 1714, e estabeleceu os Bourbons como dinastia soberana na Espanha. O reinado Bourbon existe até hoje, com o rei Felipe 6º encabeçando o estado do país
Com o apoio do rei Afonso 13, iniciou-se uma ditadura comandada pelo general Primo de Rivera, que durou entre 1923 a 1930. Em 1931, depois da abdicação do rei, foi proclamada a Segunda República Espanhola, com o intuito de modernizar o estado e a economia do país. Porém, movimentos contrários ao movimento republicano enfrentam a Constituição dando início à guerra civil em 1936. Em 1939, ao fim do conflito armado que deixou mais de 500 mil mortos, quem assumiu foi outro general: Francisco Franco. Em 1932, a Catalunha já possuía um estado autônomo, mas em 1939, Franco com apoio dos nacionalistas, começou a reprimir qualquer tipo de autonomia catalã. Com sua morte, em 1975, a Espanha finalmente começou a transição para a democracia. Isso também fez com que a Catalunha começasse a engatinhar de novo com o propósito de conseguir independência. As diferentes regiões acabaram criando um país assimétrico e descentralizado: em 1980, a região de Andaluzia conseguiu ser reconhecida como comunidade autônoma
A Catalunha chama a atenção mundial por ter uma participação muito ativa na economia da Europa — a população catalã corresponde a 16% do total do país, e o PIB da região equivale a um quinto da Espanha. Mas há outras regiões clamando por independência, mesmo que não tão vocalmente
Na Itália, o presidente da região de Vêneto, Luca Zaia, coloca seu voto na urna que decidirá se a região terá maior autonomia. A votação ocorreu neste fim de semana em Treviso, província italiana, e definirá a independência (ou não) de quase 5 milhões de pessoas em relação ao governo central italiano em Roma
Também na Itália, Roberto Maroni (de óculos vermelhos) vota pela independência da Lombardia, outra região que organizou um plebiscito para a autonomia da região no domingo (22)
Outros países do bloco europeu encaram conflitos similares
Epiro do Norte, na Albânia, conta com grupos independentistas e partidos políticos apoiando a causa
A República de Artsakh, no Azerbeijão, tenta se separar desde 1918. A região conta com uma grande produção das indústrias alimentícias e madeireiras
Na Bélgica, parece que todo mundo quer se separar: a Flandres, no norte do país 

A Catalunha protagoniza manchetes por todo mundo devido às tentativas de alguns líderes políticos para tornar a região independente do resto da Espanha. O que alimenta o sentimento catalão são idioma, costumes e leis diferentes em relação à Madri. A E...

A Catalunha protagoniza manchetes por todo mundo devido às tentativas de alguns líderes políticos para tornar a região independente do resto da Espanha. O que alimenta o sentimento catalão são idioma, costumes e leis diferentes em relação à Madri. A Espanha consiste em 17 regiões autônomas que englobam 50 províncias que formam um país descentralizado e, no mínimo, economicamente assimétrico

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