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Massacre de Srebrenica completa 25 anos e terá homenagens virtuais

Ataque mais sangrento na Europa depois da Segunda Guerra Mundial deixou cerca de 8 mil mortos, a maioria muçulmana, e 20 mil deslocados

Internacional|Do R7

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Neste sábado (11), o mundo lembra os 25 anos do Massacre de Srebrenica, uma cidade multiétnica localizada no extremo leste da Bósnia e Herzegovina. No ataque, em meio ao sangrento conflito da Guerra da Bósnia, cerca de 8 mil pessoas foram assassinadas e outras 20 mil tiveram que fugir da cidade para sobreviver
Smail Ibrimovic posa no Centro Memorial de Potocari em Srebrenica, Bósnia. Ele conseguiu sobreviver ao massacre durante a Guerra da Bósnia em 1995
Os soldados hoje tentam viver com o legado do massacre: o ataque é a maior tragédia que a Europa teve desde a Segunda Guerra Mundial
O confronto entre muçulmanos, sérvios e croatas da Bósnia foi o mais sangrento das guerras de decomposição da ex-Iugoslávia, deixando cerca de 100 mil mortos e centenas de milhares de feridos, deslocados e traumatizados
Para proteger as minorias que viviam na região, 600 soldados holandeses, sob a bandeira das Nações Unidas, patrulhavam e protegiam civis muçulmanos das tropas sérvias da Bósnia. Eles fizeram isso sem o apoio aéreo da Holanda ou de outro país que fazia parte da ONU
Os Capacetes Azuis acreditam que essa falta de proteção facilitou ou motivou o banho de sangue em Srebrenica, porque não estavam armados o suficiente para combater os homens do general Ratko Mladic. Anos depois, os soldados conseguiram que o Tribunal Central de Apelações - a mais alta corte na lei do serviço militar - considerasse que o governo holandês não cumpriu com seu "dever de cuidar" desses soldados
Memorial do Massacre A antiga fábrica de acumuladores em Srebrenica, que foi a sede do batalhão holandês durante a guerra, faz parte do Memorial Center desde 2003 e abriga o Museu do Genocídio e foi inaugurado pelo ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, arquiteto da intervenção da OTAN que ajudou a acabar com a guerra
O primeiro enterro coletivo ocorreu no mesmo ano. Até o momento, 6.643 vítimas permaneceram no cemitério de Potocari
Homenagem a corpos de vítimas muçulmanas do Massacre de Srebrenica, identificadas 25 anos depois
Homenagens online Devido à pandemia de coronavírus, quase todos os eventos de lembrança ocorrerão virtualmente. A única que resta é a tradicional Marcha pela Paz, que desta vez reúne apenas uma dúzia de sobreviventes, em vez dos milhares de habitantes da região que vinham todos os anos
Investigações e julgamento O Tribunal Criminal Internacional ajudou nas investigações do massacre e encontraram diversas valas comuns em que os corpos dos muçulmanos assassinados durante o massacre foram desovados. Alguns familiares demoraram anos para conseguir enterrar propriamente os entes
O principal responsável pelo massacre, o ex-chefe militar sérvio da Bósnia, Ratko Mladic, não foi condenado por seus crimes até 2017, quando a justiça internacional o condenou à prisão perpétua por esta e outras atrocidades cometidas durante a guerra
Um quarto de século depois, e apesar do fato de a vida política da Bósnia continuar marcada pelo sectarismo étnico, a guerra é uma lembrança distante para os habitantes de um país que conseguiu conviver novamente em paz
Retorno à Srebrenica Apesar de todos os horrores do passado, a vida, que pareceu parar para sempre em Srebrenica em julho de 1995, voltou a este lugar montanhoso na Bósnia, a poucos quilômetros da fronteira com a Sérvia. 
Família de Senahid Ademovic, que fugiu de Srbrenica quando criança e retornou com a família para morar lá
Aos poucos, a cidade começa a se refazer e superar os traumas da guerra. Nos últimos anos, foram oficializados vários casamentos mistos entre sérvios e muçulmanos, algo muito raro na Bósnia-Herzegovina

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Neste sábado (11), o mundo lembra os 25 anos do Massacre de Srebrenica, uma cidade multiétnica localizada no extremo leste da Bósnia e Herzegovina. No ataque, em meio ao sangrento conflito da Guerra da Bósnia, cerca de 8 mil pessoas foram assassinadas e outras 20 mil tiveram que fugir da cidade para sobreviver
Smail Ibrimovic posa no Centro Memorial de Potocari em Srebrenica, Bósnia. Ele conseguiu sobreviver ao massacre durante a Guerra da Bósnia em 1995
Os soldados hoje tentam viver com o legado do massacre: o ataque é a maior tragédia que a Europa teve desde a Segunda Guerra Mundial
O confronto entre muçulmanos, sérvios e croatas da Bósnia foi o mais sangrento das guerras de decomposição da ex-Iugoslávia, deixando cerca de 100 mil mortos e centenas de milhares de feridos, deslocados e traumatizados
Para proteger as minorias que viviam na região, 600 soldados holandeses, sob a bandeira das Nações Unidas, patrulhavam e protegiam civis muçulmanos das tropas sérvias da Bósnia. Eles fizeram isso sem o apoio aéreo da Holanda ou de outro país que fazia parte da ONU
Os Capacetes Azuis acreditam que essa falta de proteção facilitou ou motivou o banho de sangue em Srebrenica, porque não estavam armados o suficiente para combater os homens do general Ratko Mladic. Anos depois, os soldados conseguiram que o Tribunal Central de Apelações - a mais alta corte na lei do serviço militar - considerasse que o governo holandês não cumpriu com seu "dever de cuidar" desses soldados
Memorial do Massacre A antiga fábrica de acumuladores em Srebrenica, que foi a sede do batalhão holandês durante a guerra, faz parte do Memorial Center desde 2003 e abriga o Museu do Genocídio e foi inaugurado pelo ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, arquiteto da intervenção da OTAN que ajudou a acabar com a guerra
O primeiro enterro coletivo ocorreu no mesmo ano. Até o momento, 6.643 vítimas permaneceram no cemitério de Potocari
Homenagem a corpos de vítimas muçulmanas do Massacre de Srebrenica, identificadas 25 anos depois
Homenagens online Devido à pandemia de coronavírus, quase todos os eventos de lembrança ocorrerão virtualmente. A única que resta é a tradicional Marcha pela Paz, que desta vez reúne apenas uma dúzia de sobreviventes, em vez dos milhares de habitantes da região que vinham todos os anos
Investigações e julgamento O Tribunal Criminal Internacional ajudou nas investigações do massacre e encontraram diversas valas comuns em que os corpos dos muçulmanos assassinados durante o massacre foram desovados. Alguns familiares demoraram anos para conseguir enterrar propriamente os entes
O principal responsável pelo massacre, o ex-chefe militar sérvio da Bósnia, Ratko Mladic, não foi condenado por seus crimes até 2017, quando a justiça internacional o condenou à prisão perpétua por esta e outras atrocidades cometidas durante a guerra
Um quarto de século depois, e apesar do fato de a vida política da Bósnia continuar marcada pelo sectarismo étnico, a guerra é uma lembrança distante para os habitantes de um país que conseguiu conviver novamente em paz
Retorno à Srebrenica Apesar de todos os horrores do passado, a vida, que pareceu parar para sempre em Srebrenica em julho de 1995, voltou a este lugar montanhoso na Bósnia, a poucos quilômetros da fronteira com a Sérvia. 
Família de Senahid Ademovic, que fugiu de Srbrenica quando criança e retornou com a família para morar lá
Aos poucos, a cidade começa a se refazer e superar os traumas da guerra. Nos últimos anos, foram oficializados vários casamentos mistos entre sérvios e muçulmanos, algo muito raro na Bósnia-Herzegovina

Neste sábado (11), o mundo lembra os 25 anos do Massacre de Srebrenica, uma cidade multiétnica localizada no extremo leste da Bósnia e Herzegovina. No ataque, em meio ao sangrento conflito da Guerra da Bósnia, cerca de 8 mil pessoas foram assassinadas e outras 20 mil tiveram que fugir da cidade para sobreviver

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