França: ex-presidente Sarkozy votará em Macron no 2º turno
Atual presidente disputará o cargo com a candidata de extrema direita Marine Le Pen em votação que ocorrerá em 24 de abril
Internacional|Do R7
O ex-presidente conservador francês Nicolas Sarkozy anunciou, nesta terça-feira (12), que votará no atual chefe de Estado, o centrista Emmanuel Macron, no segundo turno, em 24 de abril, que terá como outra candidata a política de extrema direita Marine Le Pen.
"Votarei em Emmanuel Macron porque acredito que tem a experiência necessária diante de uma grave crise internacional, mais complexa que nunca", escreveu Sarkozy em sua página no Facebook. Ele governou o país entre 2007 e 2012.
Sarkozy, que durante o primeiro turno não apoiou nenhum candidato publicamente, justificou seu comunicado público devido à "importância" da próxima eleição, que o obrigou a "abandonar a reserva".
"O contexto internacional e a situação financeira são graves e exigirão decisões difíceis e urgentes (...) que comprometerão a França nos próximos cinco anos", acrescentou na mensagem.
O ex-presidente, considerado próximo a Macron, destacou o "projeto econômico" do candidato do partido A República em Marcha (LREM), que põe "a valorização do trabalho no centro", e o seu "compromisso europeu claro".
No primeiro turno, Sarkozy chamou a atenção da imprensa ao não apoiar publicamente a candidata de seu partido Os Republicanos (LR), Valérie Pécresse, que recebeu menos de 5% dos votos.
Leia também
Pécresse declarou voto no atual presidente, mas o partido se limitou a pedir que nenhum voto seja concedido à extrema direita, sem declarar apoio direto ao presidente. Também afirmou que o LR não é compatível nem com Macron nem com Le Pen.
"A fidelidade aos valores da direita republicana e nossa cultura de governo devem nos levar a responder ao apelo de unidade de Emmanuel Macron na Presidência", afirmou, no entanto, Sarkozy.
Quase todos os candidatos derrotados no primeiro turno pediram voto em Macron ou que os eleitores não votem em Le Pen. O ex-primeiro-ministro socialista Lionel Jospin também anunciou que votará no atual presidente.