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Guerra na Ucrânia faz EUA enfrentarem escassez de explosivos, diz jornal

Conflito afeta fornecimento de TNT, impactando produção de armas e operações de mineração no país, segundo New York Times

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A guerra na Ucrânia gerou escassez de trinitrotolueno (TNT) nos EUA, afetando a produção de armas e a mineração.
  • Os EUA, que antes eram auto-suficientes na produção de TNT, agora dependem de fornecedores estrangeiros, como Polônia, China e Rússia.
  • A decisão de reter munições desativadas pelo Pentágono e o redirecionamento de fornecimentos para a Ucrânia agravaram a crise de TNT.
  • O Congresso autorizou a construção de uma nova fábrica de TNT no Kentucky, prevista para operar em 2028, mas voltada apenas para uso militar.

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O explosivo é essencial para projéteis de artilharia, bombas e operações em pedreiras Erik Mclean/Unsplash

A guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 2022, está causando uma escassez de trinitrotolueno (TNT) nos Estados Unidos, afetando tanto a produção de armas quanto a indústria de mineração, segundo informações publicadas pelo jornal The New York Times.

O explosivo, essencial para projéteis de artilharia, bombas e operações em pedreiras, enfrenta interrupções no fornecimento devido a mudanças no mercado global e decisões estratégicas dos militares norte-americanos.


Leia mais

Por mais de um século, os EUA têm dependido do TNT, um explosivo barato e abundante, essencial para armas militares e mineração comercial. Durante as guerras mundiais, milhões de toneladas desse artefato foram produzidas.

Até os anos 80, o país produzia o próprio material. Naquela década, no entanto, a última fábrica norte-americana foi fechada devido aos resíduos perigosos gerados na fabricação do explosivo.


Desde então, os EUA passaram a depender de fornecedores estrangeiros, como China, Rússia, Ucrânia e Polônia, que fornecem o material a preços baixos.

Outra fonte importante era o TNT reciclado de munições desativadas pelo Pentágono, como minas terrestres e bombas. Apesar de essas armas serem consideradas obsoletas para uso militar, o explosivo nelas contido ainda era viável.


O problema é que, desde o início da guerra na Ucrânia, as coisas mudaram. Os EUA decidiram manter as munições desativadas nos arsenais, o que fez reduzir o material disponível para reciclagem.

A Polônia, principal fornecedora de TNT para o Pentágono, passou a direcionar grande parte da produção para a Ucrânia, e a Rússia e a China, outros grandes fornecedores, suspenderam as exportações para os EUA, agravando a escassez.


Impactos na indústria e na defesa

A falta de TNT pressiona tanto a produção de armas quanto a mineração comercial, essencial para a extração de matérias-primas usadas em pontes, estradas e edifícios, de acordo com o New York Times.

Em pedreiras, o TNT é usado para detonar grandes quantidades de rocha. A escassez pode elevar os custos de matérias-primas e atrasar projetos de construção nos EUA. “O mundo como o conhecemos não existe sem explosivos industriais. Nove em cada dez processos de mineração dependem deles”, disse Clark Mica, presidente de uma associação comercial da indústria de explosivos, ao jornal.

Resposta à crise

Para enfrentar o problema, o Congresso norte-americano autorizou a construção de uma nova fábrica de TNT no Kentucky, com custo de US$ 435 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões).

A instalação, gerida pelo Exército, deve começar a operar no final de 2028, mas produzirá explosivos apenas para uso militar, sem planos de atender a indústria privada.

Enquanto isso, empresas buscam alternativas, como o tetranitrato de pentaeritritol (PETN), já fabricado em três fábricas nos EUA. Porém, não está claro se a produção pode ser ampliada rapidamente.

Uma porta-voz do Exército, sob anonimato, informou ao Times que o Pentágono não depende mais exclusivamente da Polônia e está trabalhando para aumentar a produção nacional de explosivos.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o impacto da guerra na Ucrânia sobre a escassez de explosivos nos EUA?

 

A guerra na Ucrânia está causando uma escassez de trinitrotolueno (TNT) nos Estados Unidos, afetando a produção de armas e a indústria de mineração. O fornecimento de TNT enfrenta interrupções devido a mudanças no mercado global e decisões estratégicas dos militares norte-americanos.

 

Como era a produção de TNT nos EUA antes da guerra?

 

Por mais de um século, os EUA dependiam do TNT, um explosivo barato e abundante, essencial para armas militares e mineração comercial. Até os anos 80, o país produzia seu próprio material, mas a última fábrica foi fechada devido aos resíduos perigosos gerados na fabricação do explosivo.

 

De onde os EUA obtêm o TNT atualmente?

 

Atualmente, os EUA dependem de fornecedores estrangeiros, como China, Rússia, Ucrânia e Polônia, que oferecem o material a preços baixos. Além disso, o TNT reciclado de munições desativadas pelo Pentágono também era uma fonte importante, mas a guerra na Ucrânia alterou essa dinâmica.

 

Como a guerra na Ucrânia afetou a reciclagem de TNT?

 

Desde o início da guerra, os EUA decidiram manter as munições desativadas nos arsenais, reduzindo a quantidade de material disponível para reciclagem. Isso contribuiu para a escassez de TNT.

 

Quais são as consequências da falta de TNT para a indústria?

 

A falta de TNT pressiona tanto a produção de armas quanto a mineração comercial, que é essencial para a extração de matérias-primas usadas em infraestrutura. A escassez pode elevar os custos de matérias-primas e atrasar projetos de construção nos EUA.

 

O que está sendo feito para resolver a escassez de TNT?

 

O Congresso norte-americano autorizou a construção de uma nova fábrica de TNT no Kentucky, com custo de US$ 435 milhões. A instalação, gerida pelo Exército, deve começar a operar no final de 2028, mas produzirá explosivos apenas para uso militar.

 

Quais alternativas estão sendo consideradas para o TNT?

 

Empresas estão buscando alternativas, como o tetranitrato de pentaeritritol (PETN), que já é fabricado em três fábricas nos EUA. No entanto, não está claro se a produção pode ser ampliada rapidamente para atender à demanda.

 

Qual é a posição do Pentágono em relação à produção de explosivos?

 

Uma porta-voz do Exército informou que o Pentágono não depende mais exclusivamente da Polônia e está trabalhando para aumentar a produção nacional de explosivos.

 

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