Hollande diz que franceses sequestrados em Camarões seguem presos

Paris, 21 fev (EFE).- O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira que os sete cidadãos franceses sequestrados há dois dias em Camarões, todos membros de uma mesma família, seguem presos e se encontram divididos em dois grupos. Em uma breve declaração à imprensa durante um ato na Universidade de Sorbonne, em Paris, Hollande não deu muitos detalhes sobre o caso por considerar que "o melhor é trabalhar com discrição para localizar o lugar exato onde estão detidos, sem dúvida em dois grupos, e analisar como libertá-los". O presidente acrescentou que o governo francês mantém "plena cooperação com as autoridades nigerianas e as camaronesas" para identificar onde estão os três adultos e quatro crianças sequestrados. Fontes camaronesas e vários meios de comunicação disseram nesta manhã que os sete franceses foram libertados, informação confirmada logo depois por autoridades mas que foi desmentida depois oficialmente. A família foi sequestrada um dia após ter visitado o parque natural de Waza, no norte de Camarões, perto da fronteira com a Nigéria. As autoridades francesas suspeitam que os reféns se encontram em mãos do grupo radical islâmico Boko Haram ou de alguma de suas organizações afins e que poderiam ter sido levados para a Nigéria. As crianças têm idades entre cinco e 12 anos e um dos adultos, pai dos menores, trabalhava no país para o grupo energético francês GDF Suez desde 2011. Este sequestro é o primeiro de cidadãos franceses no Sahel desde o início da intervenção militar francesa no Mali, que começou em janeiro com o objetivo de retirar os grupos terroristas que controlavam o norte do país. Além disso, outros oito cidadãos franceses se encontram como reféns de grupos insurgentes na região. EFE mgr/dk