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Homem compra navio naufragado na Primeira Guerra Mundial por R$ 2.200

SS Almond Branch, afundado no Canal da Mancha em 1917, foi adquirido por um mergulhador britânico de 53 anos

Internacional|Do R7

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SS Almond Branch foi afundado no Canal da Mancha em 1917 Reprodução/YouTube/Deep Wreck Diver

Um mergulhador amador britânico comprou um navio que foi afundado durante a Primeira Guerra Mundial por £ 300 (cerca de R$ 2.200). O curioso é que a embarcação, o SS Almond Branch, está submerso e de ponta-cabeça a 58 metros de profundidade no Canal da Mancha.

Dom Robinson, de 53 anos, encontrou o anúncio da venda em uma rede social por acaso. Ele disse à rede britânica BBC que não hesitou em adquirir a propriedade do navio, localizado próximo à costa da Cornualha, no Reino Unido.


O SS Almond Branch, construído em 1896, era um navio de carga com cerca de 3.000 toneladas e quase 100 metros de comprimento. Segundo registros históricos, a embarcação navegou por diversas partes do mundo antes de ser torpedeada por um submarino alemão, o U-57, em novembro de 1917, perto de Mevagissey. Pessoas morreram no ataque.

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Robinson, que é mergulhador há mais de 30 anos, já havia visitado o naufrágio antes da compra. Após a aquisição, ele retornou ao local e gravou vídeos dos mergulhos. As imagens foram compartilhadas por ele no YouTube e já somam mais de 120 mil visualizações.


“Sempre quis ter um naufrágio próprio. Quando vi o anúncio, pensei que era a minha oportunidade”, disse ele à BBC.

Dá para comprar um navio afundado?

No Reino Unido, naufrágios são considerados bens com proprietários oficiais. Após a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico vendeu muitos deles para se recuperar financeiramente.


Foi assim que, na década de 1970, o SS Almond Branch passou a pertencer a uma família que esperava encontrar itens valiosos, mas descobriu que o navio era apenas uma “grande pilha de ferro enferrujado”, segundo Robinson.

A compra de Robinson foi formalizada pelo Receptor de Naufrágios, uma autoridade britânica que registra a propriedade de naufrágios e auxilia os donos a manterem seus direitos, incluindo a posse de itens encontrados nos destroços.


“Em poucos dias, recebi uma carta do Receptor de Naufrágios reconhecendo a troca de proprietário legal”, contou o mergulhador.

Dom Robinson comprou navio naufragado na Primeira Guerra Mundial por R$ 2.200 Divulgação/Dom Robinson

Robinson não tem planos de retirar o navio da água. O objetivo é explorar o naufrágio em mergulhos mais longos e frequentes. Ele espera encontrar o sino do navio, que gostaria de levar para casa, e investigar o que aconteceu com uma arma que, segundo ele, estaria acoplada a um suporte no casco do navio, mas não foi localizada.

“Se alguém encontrar o sino, deve denunciar ao Receptor de Naufrágios, que me perguntará se quero ficar com ele. Tirem as mãos do meu sino”, brincou.

A Lei de Proteção de Naufrágios do Reino Unido regula o acesso a naufrágios, proibindo mergulhos em destroços perigosos ou de importância histórica, arqueológica ou artística, de acordo com a BBC.

Com mais de 9 mil seguidores no YouTube, Robinson diz que a sensação de mergulhar em um naufrágio que lhe pertence é única. “É um pouco diferente quando você sabe que tem um senso de propriedade sobre ele”.

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