Hunter Biden se declara inocente de acusações fiscais
Filho do presidente dos EUA não pagou impostos sobre mais de US$ 1,5 milhão em receitas, apesar de dever mais de US$ 100 mil
Internacional|Do R7
A proposta de acordo do filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Hunter Biden, com promotores para se declarar culpado de acusações fiscais e evitar uma acusação de porte de arma atingiu um obstáculo nesta quarta-feira (26), quando a juíza do caso disse que ela precisava de mais tempo para revisar seu acordo.
A notícia significa que os problemas legais do jovem Biden continuarão a perseguir o presidente em sua campanha para a reeleição em 2024. Seu principal rival, o ex-presidente Donald Trump, e os aliados republicanos de Trump no Congresso criticaram o acordo por favorecer injustamente o filho do presidente.
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A impressionante reviravolta ocorreu depois que o que se esperava ser uma audiência de confissão de rotina se transformou em um caso de três horas, com negociações silenciosas entre advogados e perguntas pontuais da juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Maryellen Noreika.
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"Não posso aceitar o acordo de confissão hoje", disse ela, ao pedir às partes que a informem sobre por que ela deveria aceitá-lo, o que significa que os advogados e os promotores de Hunter Biden ainda podem persuadi-la a aprovar o acordo como fora negociado anteriormente ou a alterá-lo, de uma forma que ela possa aceitar. Ela disse que não queria "carimbar" um acordo judicial.
Na audiência, Hunter Biden se declarou inocente das acusações de não pagar impostos sobre mais de 1,5 milhão de dólares (R$ 7,1 milhões) em receitas em 2017 e 2018, apesar de dever mais de 100 mil dólares (R$ 477 mil), alegam os promotores.
Ele não entrou com apelo em um caso separado em que é acusado de posse ilegal de arma de fogo, enquanto era viciado e usava substância controlada, o que é crime.
Os advogados e os promotores de Hunter Biden discordaram no tribunal sobre se o acordo que haviam feito teria impedido o jovem Biden de ser acusado de qualquer outro crime. O advogado de defesa, Chris Clark, disse a certa altura que o acordo era "nulo e sem efeito".