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Irã pode voltar a enriquecer urânio em alguns meses, afirma diretor de agência atômica

Grossi ressaltou que o Irã tem urânio enriquecido a 60% em estoque

Internacional|Do Estadão Conteúdo

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Rafael Grossi afirmou que ninguém pode afirmar que tudo foi destruído após ataque dos EUA Florence Biquet/AIEA - 23.6.2025

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou à CBS que o Irã pode voltar a enriquecer urânio em questão de meses. “As instalações que eles tem estão lá. Eu diria que, em questão de meses, ou até menos, algumas centrífugas podem voltar a enriquecer urânio”, disse Grossi, que completou que ninguém pode afirmar que tudo foi destruído, contrariando falas do presidente dos EUA, Donald Trump.

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Além disso, o chefe da agência ressaltou que o Irã tem urânio enriquecido a 60% em estoque, o que poderia ser usado para fazer até nove bombas nucleares se for processado até 90%.


Trump, voltou a afirmar neste domingo (29), em entrevista à Fox News, que a operação norte-americana destruiu todas as plantas nucleares do Irã. Ele também acusou a CNN e o New York Times de mentir por afirmar que o dano teria sido menor.

Segundo Trump, o Irã não deve continuar a desenvolver armas nucleares por “estarem exaustos”.


Para o presidente dos EUA, o Irã foi atingindo como nunca.

Trump ressaltou a qualidade dos equipamentos e dos soldados norte-americanos ao descrever o ataque que, segundo ele, “destruiu as instalações como se [elas] fossem manteiga”.


Irã critica declarações

O governo do Irã classificou neste domingo (29) como “vulgares” e “indecorosas” declarações recentes de Trump, com ataques ao líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica disse que as falas de Trump representam uma “grave infração aos princípios e valores universais” e uma afronta à dignidade do povo iraniano.


“O Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã condena veementemente as declarações vulgares e o comportamento indecoroso do presidente dos EUA em relação ao líder supremo e ao povo iraniano”, diz o texto.

Segundo o Irã, as falas de Trump violam normas éticas e diplomáticas e “ferem os sentimentos de centenas de milhões de muçulmanos na região e em todo o mundo”.

O comunicado afirma que os ataques verbais do presidente norte-americano aumentam ainda mais o “repúdio e o desprezo” pelas políticas estreitas dos EUA e que eles “minam ainda mais a credibilidade de suas alegações de querer diálogo e cooperação”.

O Irã também voltou a acusar os EUA de violarem o direito internacional, citando o ataque “ilegal” às instalações nucleares do Irã e o apoio dos norte-americanos ao governo de Israel. Teerã ainda recomendou a Washington que “em vez de recorrer a retóricas insultuosas e a posições volúveis, respondam por suas violações da lei”.

As declarações de Trump da sexta-feira ainda afirmavam que ele teria impedido Israel de realizar um grande ataque contra Teerã no final da guerra, e que o Irã está “sem futuro, com forças armadas dizimadas, uma economia horrível e a morte por toda parte”.

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