Internacional Itália prende Matteo Messina Denaro, mafioso mais procurado do país e foragido havia 30 anos

Itália prende Matteo Messina Denaro, mafioso mais procurado do país e foragido havia 30 anos

Suspeito comanda a quadrilha Cosa Nostra, especializada em tráfico de drogas, prostituição, extorsão e lavagem de dinheiro

AFP

Resumindo a Notícia

  • Polícia da Itália prendeu o siciliano Matteo Messina Denaro, que estava foragido havia 30 anos
  • Suspeito mais procurado da Itália, ele foi preso dentro de um centro de saúde
  • Denaro comanda a Cosa Nostra, que trafica drogas, promove prostituição e lava dinheiro
  • Denaro é conhecido por sua extrema maldade e se vangloria de 'encher um cemitério'
Matteo Messina Denaro foi preso depois de fugir da polícia por mais de 30 anos

Matteo Messina Denaro foi preso depois de fugir da polícia por mais de 30 anos

Ufficio Stampa Comando Generale Carabinieri/AFP - 16.01.2023

O mafioso mais procurado da Itália, o siciliano Matteo Messina Denaro, foragido havia 30 anos, foi preso em Palermo, na Sicília, sul do país, de acordo com a imprensa italiana, nesta segunda-feira (16).

"Hoje, 16 de janeiro, os carabineiros [...] prenderam o fugitivo Matteo Messina Denaro dentro de um centro de saúde em Palermo, ao qual ele havia ido para terapia clínica", disse o general dos carabineiros, Pasquale Angelosanto, à agência de notícias AGI.

O "padrinho" da máfia estava na lista dos criminosos mais procurados do mundo como líder da poderosa organização criminosa Cosa Nostra, especializada em tráfico de drogas, prostituição, extorsão e lavagem de dinheiro. 

O rosto do líder da máfia é quase desconhecido e é baseado em reconstruções feitas por meio de computadores.

Messina Denaro, de 60 anos, conhecido por sua extrema maldade, vangloriou-se de poder "encher um cemitério inteiro" com as suas vítimas, entre elas um adolescente, filho de um mafioso arrependido, a quem mandou dissolver em ácido. 

O "capo dos capos", como era chamado, substituiu Salvatore "La Bestia" Riina, capturado em 1993 e falecido em novembro de 2017. 

O líder da máfia siciliana também é suspeito de ordenar os atentados de 1993 em Roma, Milão e Florença, que mataram dez pessoas poucos meses depois que a Cosa Nostra assassinou os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino em ataques semelhantes.

Sua prisão provocou inúmeras reações da classe política italiana, incluindo da primeira-ministra, Giorgia Meloni. 

"Uma grande vitória do Estado, que mostra que não devemos nos render à máfia", escreveu.

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