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Já são mais de 700 mortos em terremoto de magnitude 7,8 na Turquia e Síria

Há milhares de feridos e centenas de pessoas desaparecidas sob os escombros das construções

Internacional|Do R7, com informações da AFP

Equipes de regate trabalham para resgatar pessoas sob os escombros em Diyarbakir (Turquia)
Equipes de regate trabalham para resgatar pessoas sob os escombros em Diyarbakir (Turquia) Equipes de regate trabalham para resgatar pessoas sob os escombros em Diyarbakir (Turquia)

Pelo menos 641 pessoas já morreram num poderoso terremoto que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada desta segunda-feira (6). Com 7,8 pontos de magnitude na escala richter, o fenômeno também deixa centenas de desaparecidos que estão presos nos escombros dos prédios e construções que foram destruídos. A expectativa é que o número de mortos suba ao longo do dia.

Prédio ficou parcialmente destruído após o terremoto em Alepo, na Síria
Prédio ficou parcialmente destruído após o terremoto em Alepo, na Síria Prédio ficou parcialmente destruído após o terremoto em Alepo, na Síria

O epicentro do terremoto foi na Turquia e foram registrados a 17,9 km de profundidade na cidade de Gaziantep, sudeste do país, próximo da fronteira com a Síria. Entre os turcos, há ao menos 386 mortos e mais de 2.320 feridos segundo o balanço mais recente divulgado pelo vice-presidente turco, Fuat Oktay. Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número de vítimas muito maior, acrescentou Oktay. Os abalos foram sentidos também na capital, Ankara, e em outras cidades. Os aparelhos registraram um sismo inicial e, logo em seguinda, mais dois terremotos aconteceram na mesma região.

Na Síria, os tremores já mataram ao menos 400 pessoas e há mais de 650 feridos após o desabamento de casas em várias cidades como Alepo (norte), Hama (centro), Lataquia e Tartus (ambas na costa do Mediterrâneo).

Devido ao horário do terremoto, de madrugada, a maioria das pessoas estava dormindo em suas casas.

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"Minha irmã e seus três filhos estão sob os escombros. Também seu marido, seu sogro e sua sogra. Sete membros da nossa família estão sob os escombros", disse à AFP Muhittin Orakci, ao testemunhar as operações de resgate em frente a um prédio em ruínas em Diyarbakir.

"A irmã dele ainda está sob os escombros", disse uma mulher, apontando para outra vítima inconsolável na mesma cidade.

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Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a região, devido a tremores secundários que poderiam gerar explosões.

Este é o maior terremoto na Turquia desde 17 de agosto de 1999, que causou 17.000 mortes, mil delas em Istambul.

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EM BUSCA DE SOBREVIVENTES

Segundo o vice-presidente turco, pelo menos três dos aeroportos da zona afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados ao tráfego. A neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP.

Pessoas feridas no terremoto são atendidas em hospital na cidade síria de Darkush
Pessoas feridas no terremoto são atendidas em hospital na cidade síria de Darkush Pessoas feridas no terremoto são atendidas em hospital na cidade síria de Darkush

"Ouvimos vozes aqui e ali. Achamos que talvez 200 pessoas estejam entre os escombros", disse uma equipe de resgate em Diyarbakir, de acordo com uma transmissão da NTV.

Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostram pessoas assustadas, de pijama, vagando pela neve enquanto observam equipes de resgate vasculhando os escombros de suas casas.

A emissora NTV indicou que havia prédios desabados nas cidades de Adiyaman e Malatya.

Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.

A mídia pró-governo informou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.

Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi "historicamente o maior terremoto já registrado".

Os Capacetes Brancos disseram que a situação é "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

AJUDA INTERNACIONAL

Na Turquia, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, declarou que "todas as nossas equipes estão em alerta" e pediu ajuda internacional.

O Azerbaijão, país aliado da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.

Estados Unidos, União Europeia, França, Itália, Alemanha e Israel também informaram o envio de equipes de emergência.

A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Especialistas alertam há muito tempo que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu construções generalizadas sem precauções.

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020, matando mais de 40 pessoas. Em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7,0 sacudiu o Mar Egeu, causando 114 mortos e mais de 1.000 feridos.

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