Maior empresa de gás da Rússia interromperá fornecimento à Polônia
Segundo a ministra do Clima do país, Anna Moskwa, os poloneses não dependem da matriz energética russa
Internacional|Do R7
A empresa estatal polonesa de gás PGNiG divulgou nesta terça-feira (26) em comunicado oficial que o grupo russo Gazprom interromperá o fornecimento de gás para a Polônia a partir de quarta-feira (27).
"Em 26 de abril de 2022, a Gazprom informou à PGNiG sua intenção de suspender completamente o fornecimento sob o contrato Yamal [...] em 27 de abril", disse a PGNiG, detalhando que a Polônia está preparada para obter o gás que faltar de outras fontes.
O governo polonês também declarou que está preparado para enfrentar qualquer interrupção do fornecimento pela Rússia. "Não haverá escassez de gás nos lares poloneses", disse no Twitter a ministra do Clima, Anna Moskwa.
"Desde o primeiro dia da guerra, declaramos que estamos preparados para a plena independência das matérias-primas russas", ressaltou. "A Polônia tem as reservas de gás e as fontes de abastecimento necessárias para proteger nossa segurança. Durante anos conquistamos com sucesso a independência da Rússia", acrescentou Moskwa.
O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki disse, por sua vez, que as instalações de armazenamento de gás estavam 76% cheias e que a Polônia está preparada para "obter gás de todas as outras partes possíveis".
A Gazprom não confirmou a interrupção do fornecimento, mas agências de notícias russas citaram um alto executivo da empresa que afirmou que "a Polônia deve pagar pelos fornecimentos de gás segundo o novo procedimento de pagamento".
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Depois que os países ocidentais impuseram uma série de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, o Kremlin alertou que iria cortar o fornecimento de gás a menos que paguem em rublos.
A Polônia importa gás liquefeito por meio de um terminal na costa do Mar Báltico e também espera receber suprimentos da Noruega por meio do projeto Baltic Pipe, cuja conclusão está prevista para este ano. A conexão de 900 km deverá atender 50% do consumo da Polônia.