Missionária dos EUA é acusada de matar 100 bebês em Uganda
A organização Women's Probono Initiative pediu que o Tribunal Superior de Jinja encerre as atividades da organização liderada por Renee Bach
Internacional|Carolina Vilela, do R7*
A missionária dos Estados Unidos Renee Bach está sendo acusada de se passar por médica para tratar de bebês em Uganda. As informações são do jornal All Africa.
De acordo com o jornal, Renne — que dirige uma organização não-governamental chamada Serving His Children, no leste do país africano — teria tirado crianças com desnutrição dos hospitais locais para cuidar delas em sua organização e algumas delas morreram.
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Duas mulheres, Gimbo Zubeda e Kakai Rose, juntamente com a organização Women's Probono Initiative estão processando e responsabilizando Renee pela morte de seus filhos. Ambas afirmaram que as crianças estavam sob os cuidados da missionária.
Segundo as informações divulgadas pelo All Africa, as mulheres acreditaram que Renee Bach era médica porque ela costumava ser vista usando um jaleco médico, estetoscópio e administrando medicamentos. Elas afirmaram que só perceberam que a missionária não tinha nenhum treinamento médico após a morte de seus filhos.
"O comportamento narcisista de qualquer um, negro ou branco, rico ou pobre, missionário ou anjo de se passar como um 'médico' quando não é, é inaceitável", afirmou uma oficial da Women's Probono Initiative, Beatrice Kayaga.
A organização está pedindo para que o Tribunal Superior de Jinja, em Uganda, encerre as atividades da organização de Renee e afirmam que as ações da missionária causou a morte de mais de 100 crianças.
De acordo com o jornal, um grupo chamado No White Saviors (NWS) adotou a mídia social para aumentar a conscientização sobre este caso e pediu ajuda para apresentar acusações contra Renee Bach nos EUA. O grupo postou fotos de duas crianças com cicatrizes que, segundo eles, foram causadas pelos cuidados da missionária.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Raphael Hakime