Mulher processa chefes e pede R$ 2 milhões por ter sido jogada na piscina em férias da empresa
Companhia argumenta que a funcionária do Reino Unido participou das interações por vontade própria
Internacional|Do R7

Uma gerente de eventos de 26 anos do Reino Unido está processando a empresa em que trabalhava e exige uma indenização de 250 mil libras, cerca de R$ 2 milhões, após ter sido jogada por colegas bêbados em uma piscina durante uma viagem corporativa nas Ilhas Maurício. Chloe Hewitt alega que caiu sobre cacos de vidro e sofreu lesões permanentes no pé direito.
O caso ocorreu em 4 de junho de 2022, durante a festa de encerramento de um evento organizado pela empresa no hotel cinco estrelas Paradise, parte do Beachcomber Resort, localizado na península de Le Morne. O encontro, que incluía jantar, DJ e open bar, foi pensado para premiar vendedores de alto desempenho.
Segundo documentos apresentados ao Tribunal Superior do Reino Unido, Chloe foi empurrada duas vezes na piscina por distribuidores da empresa. Na segunda queda, sofreu um corte profundo no pé, causado por cacos de vidro no fundo da piscina. Ela passou por duas cirurgias e ainda enfrenta dor, perda de movimento e danos nos nervos, de acordo com seu advogado.
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A gerente afirma que o evento não tinha seguranças, que bebidas eram servidas em copos de vidro e que o consumo excessivo de álcool foi incentivado pela presença de um bar à vontade. A acusação sustenta que a empresa falhou ao não garantir a segurança dos funcionários em um ambiente de festa promovido pela própria companhia.
Em sua defesa, a empresa nega responsabilidade, alegando que o acidente ocorreu após o fim oficial do evento e que Chloe já estava fora do horário de trabalho. Segundo a empresa, o bar gratuito durou apenas uma hora e o aviso de encerramento da festa foi dado à meia-noite. A partir dali, as bebidas passaram a ser pagas pelos próprios distribuidores.
A companhia também argumenta que os envolvidos eram membros independentes da rede de vendas da marca e que Chloe participou das interações por vontade própria. A empresa afirmou que o DJ foi instruído a encerrar as atividades, mas teria aceitado continuar a tocar música por conta própria após a meia-noite.
Ainda de acordo com a defesa da companhia, Chloe mencionou inicialmente que o corte poderia ter sido causado por uma luminária submersa, não necessariamente por cacos de vidro. A empresa afirmou que condena a atitude dos distribuidores que empurraram pessoas na piscina, mas entende que sua resposta foi adequada ao pedir que a situação se acalmasse.
O caso segue na Justiça britânica e poderá ir a julgamento, caso não haja acordo entre as partes.
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