No Haiti, 700 mil precisam de assistência após terremoto
Danos causados às estradas dificultam o transporte de itens de auxílio até as áreas mais atingidas pelo tremor do dia 14
Internacional|Com Reuters e Ansa
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, confirmou que "quase 700 mil pessoas precisam de assistência humanitária emergencial" após o terremoto de magnitude 7.2 na escala Richter atingir o território haitiano no último dia 14 de agosto.
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O dado foi divulgado nesta sexta-feira (20) durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OSA).
Estradas danificadas ou intransitáveis complicam os esforços que tentam levar ajuda a partes remotas do Haiti devastadas por um terremoto que matou mais de 2 mil pessoas na semana passada.
Problemas nas estradas
Na principal estrada de montanha entre Les Cayes, cidade do sudoeste, e Jeremie, no noroeste, duas das áreas urbanas mais atingidas, deslizamentos de terra e rachaduras no asfalto dificultaram a chegada de auxílio a comunidades agrícolas atualmente lutando com a insegurança alimentar e o acesso a água potável.
A rota estava repleta de rochas e do ocasional caminhão retido, de acordo com um repórter da Reuters.
País mais pobre das Américas, o Haiti ainda estava se recuperando de um terremoto de 2010 que matou mais de 200 mil pessoas.
O país se tornou ainda mais instável após o assassinato do presidente Jovenel Moise no mês passado, cometido pelo que autoridades dizem ter sido um grupo de mercenários majoritariamente colombianos.
Uma tempestade intensa que assolou o Haiti mais cedo nesta semana, desencadeando deslizamentos de terra, também tornou mais difícil encontrar vítimas do tremor de sábado, que destruiu dezenas de milhares de casas e ceifou as vidas de ao menos 2.189 pessoas.
Ele também deixou 12.200 feridos, e o número de vítimas deve aumentar à medida que os esforços de resgate prosseguem, disseram autoridades.