Nova fibra ultrarresistente criada na China pode transformar coletes à prova de balas
Material inova ao combinar nanotubos de carbono e fibras aramidas, resultando em leveza e resistência superiores ao Kevlar
Internacional|Do R7
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Um novo tipo de fibra sintética, desenvolvido por cientistas na China, promete redefinir o padrão de segurança de coletes à prova de balas e outros equipamentos de proteção. O material é mais leve, fino e resistente do que o Kevlar, a atual referência mundial nesse tipo de tecnologia, e pode oferecer uma defesa mais eficiente contra impactos de alta velocidade.
A pesquisa, publicada na revista Matter, descreve o desafio que há décadas intriga a ciência dos materiais: aumentar simultaneamente a força e a tenacidade de fibras poliméricas. Normalmente, ao tentar reforçar um desses atributos, o outro é comprometido, tornando o material quebradiço. Os pesquisadores, no entanto, afirmam ter encontrado uma forma de contornar essa limitação.
A equipe desenvolveu uma estratégia que regula a orientação de nanotubos de carbono longos dentro da estrutura das fibras. Essa configuração impede o deslizamento das cadeias poliméricas quando submetidas a cargas intensas, permitindo que o material suporte impactos extremos sem perder flexibilidade.
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O resultado foi um composto de nanotubos de carbono e fibras aramidas heterocíclicas com força dinâmica de 10,3 gigapascais e tenacidade de 706,1 megajoules por metro cúbico — níveis considerados excepcionais para materiais tão leves. A nova fibra é mais fina que um fio de cabelo humano, mas exibe rigidez e resistência notáveis em testes balísticos.
Segundo o estudo, o desempenho “ultradinâmico” é consequência do alinhamento aprimorado das cadeias poliméricas, da baixa porosidade e da eficiência na transferência de carga entre as camadas do material. Essas propriedades se mantiveram estáveis em simulações e em testes reais de impacto, como aqueles aplicados a blindagens corporais.
Para os pesquisadores, a descoberta abre caminho para uma nova geração de tecidos de proteção pessoal, capazes de combinar conforto e segurança sem aumento de peso ou espessura. Além dos coletes balísticos, o material pode ter aplicações em setores como aeroespacial e automotivo, onde leveza e resistência são essenciais.
O estudo, assinado por mais de 20 cientistas de universidades e institutos chineses, oferece uma nova abordagem para explorar o potencial mecânico das cadeias poliméricas em escala macroscópica. Se adotado pela indústria, o avanço pode revolucionar o design e a eficiência dos equipamentos de proteção utilizados por forças de segurança e militares em todo o mundo.
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