O novo pacote de tarifas comerciais recíprocas sobre diversos países anunciado nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor no próximo sábado (5). Segundo a ordem executiva assinada pelo presidente, os EUA vão fixar uma alíquota mínima de 10% sobre importações de todos os países. No entanto, nações que aplicam tarifas consideradas “elevadas” contra produtos norte-americanos enfrentarão taxas ainda maiores.O imposto mínimo extra de 10% começa a valer a partir da meia-noite do dia 5, horário da costa leste dos EUA. Produtos que já estiverem em trânsito antes desse horário, contudo, não pagarão essa taxa.A ordem executiva assinada por Trump também diz que as tarifas específicas de cada país, além da taxa mínima de 10%, serão cobradas a partir da próxima quarta-feira (9). Segundo a Casa Branca, essas novas tarifas são adicionais a outras taxas, impostos e encargos que já existem.Produtos provenientes de países como Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Panamá, Paraguai, Reino Unido, Turquia, Ucrânia e Uruguai receberão a tarifa mínima de 10%.As tarifas recíprocas para a China serão de 34%, enquanto os produtos da União Europeia serão taxados em 20%.Para o Japão, Coreia do Sul e Índia, as sobretaxas serão de 24%, 25% e 26%, respectivamente. Importações da Suíça terão uma tarifa de 31%, enquanto os produtos da Venezuela serão taxados em 15%.A tabela de tarifas divulgada pela Casa Branca não menciona sobretaxas para Canadá e México.Após Trump anunciar as taxas, a Casa Branca divulgou tabelas com as tarifas a serem aplicadas contra 185 países e blocos econômicos:Ao fazer o anúncio das tarifas, Trump disse que “este é um dos dias mais importantes na minha opinião na história americana”. “É nossa declaração de independência econômica. Durante anos, cidadãos americanos trabalhadores foram forçados a ficar de fora enquanto outras nações ficavam ricas e poderosas, muito disso às nossas custas”, disse Trump.“Mas agora é a nossa vez de prosperar e, ao fazer isso, usar trilhões e trilhões de dólares para reduzir nossos impostos e pagar nossa dívida nacional e tudo isso vai acontecer muito rápido. Com a ação de hoje, finalmente seremos capazes de tornar a América grande novamente, maior do que nunca”, destacou.Segundo o presidente dos EUA, “empregos e fábricas voltarão com tudo ao nosso país” a partir das tarifas anunciadas nesta quarta.“Vamos turbinar nossa base industrial doméstica. Vamos abrir mercados estrangeiros e quebrar barreiras de comércio exterior e, finalmente, mais produção em casa significará competição mais forte e preços mais baixos para os consumidores. Esta será de fato a era de ouro da América. Ela está voltando. Nós vamos voltar com muita força.”As novas tarifas fazem parte de uma estratégia que Trump tem defendido desde o início de sua campanha para retornar à Casa Branca. Ele argumenta que os Estados Unidos são tratados de forma injusta por seus parceiros comerciais, que impõem barreiras tarifárias elevadas à entrada de produtos norte-americanos.O republicano sustenta que esse cenário prejudica a indústria local, desestimula investimentos internos e favorece a saída de capital do país. Em resposta, ele assinou uma ordem executiva em 13 de fevereiro determinando que sua equipe econômica estudasse a implementação de tarifas para equilibrar as relações comerciais.Na semana passada, Trump indicou que pode adotar uma abordagem mais flexível em relação a determinados parceiros. Em uma conversa com jornalistas no Salão Oval, ele afirmou que poderia ser “gentil” e “menos agressivo do que totalmente recíproco”, pois, segundo ele, um modelo estritamente recíproco poderia ser “duro demais para algumas nações”.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp