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Odebrecht paga indenização de cerca de R$ 78,82 milhões ao Peru

A empreiteira brasileira admitiu que pagou cerca de R$ 10,51 milhões em suborno para obter contrato para obras de estrada na região de Ancash

Internacional|EFE

A Odebrecht cumpriu o pagamento de uma indenização de cerca de R$ 78,82 milhões (US$ 19,5 milhões) ao Peru pelos subornos pagos nas obras de uma estrada na região andina de Ancash.

Leia mais: Como o escândalo da Odebrecht no Peru culminou com suicídio de ex-presidente

O promotor supraprovincial para casos de corrupção, Elmer Chirre, afirmou nesta quinta-feira que se trata de uma quantia inédita para o Ministério Público em conceito de recuperação de dinheiro do erário peruano.

O pagamento foi efetuado em duas parcelas, com um primeiro depósito de aproximadamente R$ 48,50 milhões (US$ 12 milhões) no ano passado e outro de R$ 30,31 milhões (US$ 7,5 milhões) entre abril e maio deste ano.

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A Procuradoria Pública Especializada em Crimes de Corrupção explicou em comunicado que a recuperação do dinheiro foi possível graças a dois acordos de leniência que foram ratificados pela Justiça peruana.

A indenização se refere ao suborno de aproximadamente R$ 10,51 milhões (US$ 2,6 milhões) que a construtora brasileira pagou ao governo regional de Ancash nas obras da construção da estrada Carhuaz-Chacas-San Luis, entre 2010 e 2013, que custou cerca de R$ 485 milhões (US$ 120 milhões).

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Esta quantia é adicional aos R$ 917 milhões (US$ 227 milhões) que a Odebrecht se comprometeu a pagar ao Estado peruano como indenização dentro do acordo de leniência assinado para os demais subornos pagos no Peru e que ainda precisa ser homologado pela Justiça.

O Peru foi um dos 12 países de América Latina onde a Odebrecht reconheceu que pagou milionários subornos em troca da obtenção de grandes contratos de obra pública, o que ainda acompanhou com doações irregulares às campanhas eleitorais dos principais candidatos à presidência.

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Os casos envolvem os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), sobre quem pesa um pedido de extradição pendente de ser resolvido pelos Estados Unidos; Ollanta Humala (2011-2016), para quem o Ministério Público pede 20 anos de prisão; e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), em prisão domiciliar.

Também estava sendo investigado Alan García (1985-1990 e 2006-2011) até que se suicidou no mês passado com um tiro na cabeça quando a polícia tinha chegado em sua casa para detê-lo.

Além disso, estão em prisão preventiva a líder opositora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), e a ex-prefeita de Lima, Susana Villarán.

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