ONU alerta brasileiras para 'golpe do noivo' na web

Acredita-se que golpistas tenham ligação com máfias ou terroristas

06/10/2016 - 09h00 (Atualizado em 23/02/2024 - 12h53)

Mulheres brasileiras são o novo alvo de uma fraude cometida por um grupo que usa o nome da ONU para obter informações, endereços e mesmo dinheiro no Brasil. Uma das suspeitas é de que essa seja uma estratégia de grupos criminosos ou terroristas para conseguir vistos para entrar no País.

Somente em 2016, a entidade recebeu mais de 75 pedidos ou questionamentos de brasileiras que, depois de conhecer homens pelas redes sociais, foram à entidade para saber se a informação que o novo parceiro forneceu era real.

Em todos os casos, a ONU insiste que se trata de uma fraude e, nos próximos dias, o escritório da entidade no Rio vai lançar uma campanha para orientar as eventuais vítimas a não fornecer nenhum tipo de dado aos grupos.

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Os incidentes já foram comunicados pelo escritório da ONU no Rio ao Departamento de Segurança das Nações Unidas que, por sua vez, emitiu um alerta para todos os escritórios de todas as agências da entidade País.

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A ONU também levou o caso para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio. A orientação da polícia é que as vítimas entrem em contato antes de fornecer seus dados.

Férias

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O procedimento em todos os casos é parecido. Mulheres conhecem homens por Skype, redes sociais e sites de relacionamento. Eles dizem estar em missão de paz na Síria, no Afeganistão ou no Iraque e pedem informações pessoais, como nome e endereço. Com essas informações, dizem, podem solicitar à entidade um período de férias no Brasil para se casar.

Em muitos casos, pedem ainda que elas mandem dinheiro para as supostas férias, prática inexistente na ONU. A mulher que envia seus documentos a um e-mail dado pelos criminosos recebe um aviso em português, mas repleto de erros, sobre como proceder. Elas são instruídas a pagar US$ 700 para que seu dossiê seja liberado.

Mas há a suspeita de que o roubo não seja o único objetivo do bando, uma vez que se pede uma carta da brasileira assumindo sua responsabilidade pelo estrangeiro, dando seu endereço e dados pessoais. Isso é um dos pedidos para facilitar o visto brasileiro em outros países.

Um esquema de tráfico de bebês organizado por um hospital na Índia foi descoberto neste sábado (16) pela polícia do país. Segundo agentes de investigação, representantes do hospital recrutavam mulheres grávidas que queriam abortar e as convenciam a manter a gestação até o fim para vender os bebês. As informações são do portal de notícias britânico The Sun

A chocante “fábrica de bebês” acontecia ilegalmente dentro do Hospital de Palash, no distrito de Gwailor. O local tinha espaço para 30 leitos

Prateek Kumar, da polícia de Mumbai, afirmou à imprensa local que dois bebês foram resgatados pelos agentes, mas outros três foram vendidos para casais que não tinham filhos e residiam nas cidades de Uttar Pradesh e Chattisgarh

O dono do hospital, Arun Bhadoria, foi preso. Segundo a polícia, as mulheres procuravam a clínica em busca de medidas abortivas. Nesse momento, médicos as convenciam de prosseguir com a gravidez e vender o bebê, após o nascimento. O hospital pagava cerca de R$ 5.000 (mil libras) por cada criança, e depois procurava casais sem filhos que pretendiam adotar e revendiam os bebês por um preço bem mais alto

Suspeitas começaram a rondar o hospital quando o diretor não forneceu à polícia informações sobre dois bebês nascidos no local. No total, cinco pessoas foram acusadas de tráfico infantil

Um oficial responsável pela investigação explicou como funcionava o esquema:

— O hospital realizava o parto, o bebê era entregue e a mãe era liberada com a quantia em mãos. Depois disso, o passo seguinte era buscar casais que tinham interesse em adotar essas crianças de forma ilegal

O hospital foi invadido na noite de sábado após policiais terem recebido informações sobre possíveis casos de tráfico. Agora, a investigação busca os casais que teriam comprado bebês, e as crianças que haviam sido entregues ao hospital mas ainda não tinham sido "revendidas"

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