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Opositores denunciam ‘cerco’ do regime de Maduro na Embaixada da Argentina em Caracas

Ditador teria cortado energia elétrica no espaço e a utilização de drones e policiais para promover uma espécie de bloqueio ao local

Internacional|Plínio Aguiar, do R7, e Caroline Aguiar, da RECORD

Imagem mostra cerco promovido por Maduro na Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob a proteção do Brasil Reprodução/Pedro Urruchurtu Noselli - Arquivo

Integrantes da oposição ao regime de Nicolás Maduro que estão asilados na Embaixada da Argentina em Caracas, capital da Venezuela, denunciaram via rede social o ‘cerco’ promovido pelo ditador no local. De acordo com a denúncia, agentes policiais e drones foram utilizados na ação, elevando a tensão no país sul-americano. O governo brasileiro, que assumiu o controle da representação diplomática em agosto deste ano, acompanha o episódio.

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O cientista político Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional do grupo liderado por María Corina Machado na Venezuela, destacou que os agentes de segurança do ditador cortaram a energia elétrica da representação diplomática, que está sob a tutela do governo brasileiro desde agosto. Atualmente, o espaço é a casa de seis asilados.

“Às 22h do dia 23 de novembro e em reiterada violação do direito internacional e do direito de asilo, continua o cerco por parte de agentes de segurança do regime à residência da Embaixada da Argentina em Caracas, guardada pelo Brasil. Aqui estamos firmes”, afirmou Noselli.

O perfil do comando de campanha nacional do opositor Edmundo González destacou, via rede social, que a sede diplomática também está cercada por veículos do regime do ditador que impedem o trânsito no local. “Da mesma forma, os sinais de comunicação foram bloqueados para evitar que a situação fosse denunciada, enquanto drones eram utilizados por sobrevoar as áreas protegidas da residência.”


De acordo com o comando de campanha dos opositores do ditador, 10 de janeiro é “o prazo de validade de Maduro e ele sabe disso”. O grupo convocou, ainda, uma manifestação global para 1º de dezembro, para exigir que seja reconhecida a vitória de Gonzáles. A eleição na Venezuela ocorreu em julho e, desde então, tem sido contestada pela comunidade internacional pela falta de divulgação dos resultados.

Diversos países, incluindo o Brasil, não reconheceram a vitória de Maduro, tampouco a de Gonzáles. O governo brasileiro espera a divulgação das atas eleitorais para se pronunciar oficialmente. Em relação ao cerco promovido pelo regime de Maduro à embaixada, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva foi informada e está monitorando a situação, segundo fontes. Por enquanto, não há manifestação oficial.


O governo de Javier Milei condenou os “atos de assédio e intimidação” contra os asilados na embaixada. “A República Argentina apela à comunidade internacional para que condene essas práticas e exija o salvo-conduto necessário para permitir que os requerentes de asilo deixem o país”, diz em nota publicada na rede social.

Em setembro, o governo de Maduro enviou ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil um ofício para revogar a custódia da Embaixada da Argentina em Caracas. Segundo fontes do Itamaraty, o governo brasileiro respondeu formalmente que não vai entregar o espaço até que tenha outro país indicado para cuidar dos interesses argentinos na representação diplomática.

Seis opositores de Maduro estão asilados no local. Caracas rompeu as relações diplomáticas com a Argentina, bem como outros seis países latinos, “em rejeição às ações e declarações intervencionistas” desses governos após a autoridade eleitoral venezuelana proclamar a reeleição de Maduro. O episódio do cerco, então, eleva a tensão no país. Enquanto isso, a comunidade internacional apela pelo respeito aos tratados e direitos.

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