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Passagem para Gaza volta a ser fechada após caminhões levarem ajuda humanitária

Autoridades que administram o local decidiram fechá-la após a conclusão do transporte que levava utensílios médicos

Internacional|Do R7

Passagem foi aberta para receber ajuda humanitária
Passagem foi aberta para receber ajuda humanitária Carlos Ferreira Da Silva

A passagem fronteiriça de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, foi fechada neste sábado (21) de ambos os lados pelas autoridades que administram o local, depois que os 20 caminhões que levaram ajuda humanitária aos hospitais da região concluíram o transporte.

Segundo declarou o presidente do Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à Agência EFE, até o momento não se sabe quando a passagem será reaberta.

Ele enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são "apenas ajuda médica", que nenhuma das remessas incluía combustível, e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda ao enclave palestino será feita e quantos caminhões poderão entrar.

Ele afirmou que "não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza" e que "nada se sabe ainda" sobre quando e como isso poderá ocorrer.


O Crescente Vermelho Egípcio anunciou em um comunicado que levou ajuda humanitária para a Faixa de Gaza hoje para entregar à Sociedade do Crescente Vermelho palestino, "em um grupo de caminhões como um segundo lote", uma vez que o primeiro foi entregue no último dia 9, antes de o bloqueio total da Faixa, ordenado pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, entrar em vigor.

"A ajuda foi preparada com necessidades médicas e de socorro básicas e com base nas necessidades do Crescente Vermelho Palestino", diz a nota, que detalhou que a operação foi coordenada com agências estatais para facilitar a passagem dos caminhões na travessia de Rafah.


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Ajuda insuficiente

O vice-diretor do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários nos territórios palestinos, Andrea De Domenico, admitiu para a EFE que essa ajuda não será suficiente para os palestinos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, 1,4 milhão das quais, segundo essa agência da ONU, tiveram que deixar suas casas devido ao bombardeio israelense na parte norte da Faixa.

De Domenico disse que há "negociações" entre as partes envolvidas para tornar a entrega de ajuda "sustentável" ao longo do tempo.

Do lado egípcio de Rafah, os voluntários afirmaram que nenhuma ambulância ou caminhão de combustível entrou no local e a ajuda é fornecida pelo Crescente Vermelho egípcio e pelas ONGs que fazem parte da coalizão governamental Aliança Nacional para o Desenvolvimento Civil.

Resumo da guerra

A guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, desencadeada em 7 de outubro, termina a segunda semana com um total de 5.537 mortos, segundo dados divulgados por cada um dos lados do confronto.

Em Israel, 1.400 pessoas foram assassinadas durante o ataque-surpresa promovido pelos extremistas islâmicos no último dia 7. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que 4.137 pessoas morreram em decorrência do confronto.

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